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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Cinco sinais de maturidade espiritual



Deixe-me começar dizendo que não é errado para um novo crente ser imaturo, assim como não é errado para uma criança ser infantil.

Infantilidade só é irritante em um adulto. Quando uma criança de quatro anos veste uma capa, uma cueca por sobre a calça, alegando ter visão raio-x, isso é fofo. Quando seu pai faz isso, é preocupante (ou insanidade).

Quando você é um crente por muitos anos, porém, a falta de alguns desses indicadores deve ser preocupante.

Crentes maduros possuem estes 5 indicadores…

1. Um desejo por alimento sólido

É bom aproveitar o leite do evangelho em todas as refeições. Mas alguns cristãos orgulham-se de si mesmos por focar apenas no evangelho, esnobando a oferta de doutrinas mais profundas. O amor pela doutrina pode ser adquirido com o passar do tempo, mas ele sempre estará lá em um crente maduro.

O autor aos Hebreus repreende seus leitores por causa da relutância em mastigar.

Hebreus 5. 11: A esse respeito temos muitas coisas que dizer e difíceis de explicar, porquanto vos tendes tornado tardios em ouvir. 12 Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim vos tornastes necessitados de leite e não de alimento sólido. 13 Ora, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança. 14 Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal.

A refeição de uma criança precisa ir ao liquidificador durante os primeiros meses dela (ou dele). Quando uma pessoa normal de 21 anos pede para a mamãe alimentá-lo com batata amassada, de colher, isso é assustador e disfuncional.

2. Uma impermeabilidade a ofensas pessoais

É raro um crente maduro se sentir ofendido. A ofensa é apropriada ao crente em qualquer ataque à glória de Deus, como quando o zelo pela casa de Deus consumiu Jesus e ele usou um chicote do Indiana Jones na corrupta zona comercial do templo por causa dos animais superfaturados.

Mas um crente maduro não fica pessoalmente ofendido de maneira tão fácil. Eles entendem que quando alguém peca contra eles, há coisas maiores em jogo do que seus próprios direitos pessoais como, por exemplo, a glória de Deus, o relacionamento do outro com Deus, etc.

Veja Paulo. Quando ele já não podia atrair uma multidão (estando preso por causa do evangelho e tal…), pregadores rivais estavam “jogando sal” em suas algemas ao pregar o evangelho em competição com Paulo. Ele não se tornou insolente. Muito pelo contrário, ele parecia animado com a notícia de que o evangelho estava sendo pregado. Isso é maturidade!

Filipenses 1.15: Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia; outros, porém, o fazem de boa vontade; 16 estes, por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho; 17 aqueles, contudo, pregam a Cristo, por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulações às minhas cadeias. 18 Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei.

3. Uma consciência informada pelas Escrituras, não por opiniões

Quando você é um novo convertido, é natural ter um pêndulo oscilando em aversão a qualquer coisa associada com o seu antigo estilo de vida. Isso pode ser saudável. Mas, à medida que vai se tornando mais maduro, você vai criando uma visão mais balanceada sobre liberdade. Se Jesus diz que algo está “ok”, então você não vai ficar chateado quando alguns cristãos aproveitam essa liberdade.

Romanos 14.1: Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões. 2 Um crê que de tudo pode comer, mas o débil como legumes; 3 quem come não despreze o que não come, e o que não come não julgue o que come, porque Deus o acolheu.

Eu amo vegetarianos – sobra mais carne pra mim. Porém, quando um crente se abstém da liberdade legal pensando que isso torna-o mais aceitável para Deus, isso é um sinal de imaturidade. Quanto mais você cresce no seu entendimento sobre graça, menos você se incomoda quando as pessoas ignoram normas religiosas feitas por homens. Você pode continuar escolhendo se abster, mas sua consciência não é atormentada pelo conhecimento de que outros cristãos participam do que você evita.

4. Uma sensação de humilde surpresa quando usado por Deus no ministério

Deus usa pecadores para fazer Seu trabalho por uma boa razão: não há mais ninguém para Ele escolher. Alguns pecadores são usados poderosamente. Um crente maduro sempre vai sentir-se humilde por sua eficácia no ministério de Deus. Frequentemente, no entanto, o mesmo privilégio vai inflar o ego de um crente imaturo.

1 Timóteo 3.6: Não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo.

O pressuposto de Paulo é que um novo convertido – que é mais provável de ser imaturo – quando usado no ministério de Deus, não vai possuir a sensação de surpresa e humildade que são sinais de maturidade.

Compare isso com a própria atitude de Paulo, de que ele é o principal dos pecadores, usado apenas como meio para mostrar a extensão da misericórdia de Deus (1 Tm 1.15). Ele considerava a si mesmo como improvável e inadequado vaso que foi abençoado por abrigar temporariamente o tesouro inestimável dos dons de Deus (2 Co 4.7).

5. Tendência de dar crédito a Deus pelo crescimento espiritual, não a homens

Nosso mundo é uma arena para idolatria. “American Idol” é o nome mais adequado e tributo descaradamente honesto para a nossa cultura de celebridade. Nossos corações são orientados a adular e a adorar. Um crente imaturo luta para quebrar o hábito de idolatrar pessoas. Ele meramente transfere sua adulação pelas celebridades do mundo para celebridades espirituais.

Quer seja um pedestal para o seu pastor, ou uma desordenada reverência por João Calvino, ou qualquer outro sintoma, a imaturidade falha em dar a credibilidade devida ao poder de Deus em Seu trabalho.

1 Coríntios 3.4: Quando, pois, alguém diz: Eu sou de Paulo, e outro: Eu, de Apolo, não é evidente que andais segundo os homens? 5 Quem é Apolo? E quem é Paulo? Servos por meio de quem crestes, e isto conforme o Senhor concedeu a cada um. 6 Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. 7 De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento.

Experientes donos de cavalos de corrida têm respeito por bons jóqueis, treinadores, e veterinários, mas todos entendem que o fator principal para uma vitória é o cavalo. Respeitamos bons pregadores, escritores, comentaristas, e mentores espirituais, mas, esperançosamente, nós reconhecemos o real músculo por trás de qualquer vitória no ministério deles.

Vá com este pensamento: na minha vida, qualquer imaturidade residual em qualquer uma dessas áreas irá desembocar na minha “caixa de entrada” espiritual. Sou confortado em saber que sou uma obra em progresso e me agarro à Filipenses 1.6: Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.

Fonte: iPródigo
Tradução: Fernanda Vilela

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