Estes são os tempos que provam a alma dos homens. O Espírito afirmou expressamente que nos últimos dias alguns se desviariam da fé, atendendo a espíritos sedutores e doutrinas de demônios; falando mentiras com hipocrisia; tendo a Introdução:
O Senhor Jesus, esse grande Pastor das ovelhas, não deixou
seu rebanho à mercê dos lobos. Ele nos deu as Escrituras, o Espírito Santo e um
poder natural de observação, e espera que façamos uso constante deles
Julgai todas as coisas, retende o que é bom", disse
Paulo (1 Ts 5:21). "Amados, não deis crédito a qualquer espírito: antes,
provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído
pelo mundo afora" (I Co 4:1). "Acautelai-vos dos falsos
profetas", advertiu o Senhor, "que se vos apresentam disfarçados em
ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores" (Mt 7:15). Disse o Senhor
Por estranho que pareça, o perigo é maior hoje para
os cristãos fervorosos do que para os mornos e os complacentes. Aquele que
busca as melhores coisas de Deus está sempre disposto a ouvir quem quer que
ofereça um caminho pelo qual possa alcançá-las. Ele aspira por uma nova experiência,
uma visão elevada da verdade, uma operação do Espírito que o faça transcender o
nível apático da mediocridade religiosa que o circunda, e por esta razão está
pronto a dar atenção a tudo que é novo e maravilhoso em matéria de
religião, especialmente se for apresentado por alguém cuja personalidade seja
atraente e que possua fama de grande santidade.
Essa nova doutrina, esse novo hábito religioso, essa nova
visão da verdade ou experiência espiritual
1. Como essa nova experiência afeta nosso relacionamento com Deus, nosso conceito de Deus e nossa
atitude para com Ele.
Qualquer que seja a posição que a religião de hoje conceda a
Cristo, Deus lhe deu o primeiro lugar no céu e na terra. "Este e o meu
Filho amado, em quem me comprazo", falou a voz de Deus do céu com respeito
ao Senhor Jesus. Pedro, cheio do Espírito Santo declarou: "Esse mesmo Jesus, a quem
crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo" (Atos 2:36). Jesus disse a
respeito de si mesmo: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém
vem ao Pai senão por mim" (Jo 14:6). Pedro falou de novo sobre Ele:
"E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum
outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos"
(At 4:12).
O livro de Hebreus inteiro é dedicado à idéia da superioridade de
Cristo sobre todos. Ele é mostrado como sendo superior a Arão e Moisés, e até
os anjos são chamados para prostrar-se e adorá-lo. Paulo diz que Ele é a imagem
do Deus invisível, que nele habita a plenitude da divindade corporalmente e
que em todas as coisas ele deve ter a preeminência. Eu não teria tempo
suficiente para falar sobre a glória concedida a Ele pelos profetas,
patriarcas, apóstolos, santos, anciãos, salmistas, reis e serafins. Ele é feito
para nós sabedoria e justiça, santificação e redenção. Ele é nossa esperança,
nossa vida, nosso tudo em todos, agora e para sempre.
Tudo isto sendo verdade, fica claro que Jesus Cristo deve estar
sempre no centro de toda verdadeira doutrina, de toda prática aceitável, de toda experiência cristã genuína. Tudo que faz dEle menos do que Deus declarou que Ele é, não
passa de ilusão pura e simples,
devendo ser rejeitado, por mais
agradável ou satisfatório que seja
no momento.
O cristianismo sem Cristo parece contraditório, mas
ele existe como um fenômeno real em nossos dias.
Muito do que
está sendo feito em nome de
Cristo é falso em relação a Ele, sendo concebido pela carne, incorporando
métodos carnais e buscando fins carnais. O que denuncia a falsidade é o fato de
Cristo não ser o centro: Ele não é tudo
em todos.
Existem experiências psíquicas que emocionam o
recipiente e o levam a crer que teve um encontro real com o Senhor, sendo
transportado ao terceiro céu; mas a verdadeira natureza do fenômeno é
descoberta mais tarde quando a face de Cristo começa a esmaecer no consciente
da vítima e ela passa a depender mais e mais dos êxtases emocionais para provar
a sua espiritualidade.
Se, por outro lado, a nova experiência tornar
Cristo indispensável, se coloca Cristo como nosso principal interesse em lugar de em nossos
próprios sentimentos, e bem estar, então estamos no caminho certo. O que quer que nos faça amar
Cristo é seguro que vem de Deus.
3. Como essa nova experiência afeta a minha atitude diante das Sagradas Escrituras:
Esta nova experiência, esta nova visão da verdade, foi gerada
pela própria Palavra de Deus ou é resultado de algum estímulo externo, fora da
Bíblia?
Os cristãos emotivos com freqüência se tornam vítimas de
pressões psicológicas fortes aplicadas proposital ou inocentemente por meio de
um testemunho pessoal ou por uma história pitoresca contada por um pregador
fervoroso que talvez pregue com determinação profética mas que não verificou a
mesma em relação aos fatos nem testou a solidez de suas conclusões coma Palavra de Deus.
O que quer que tenha origem fora das Escrituras deve
ficar sob suspeita até que venha a mostrar-se de acordo com elas. Se for
descoberto que contraria a Palavra da verdade revelada, nenhum cristão sincero
irá aceitá-lo como proveniente de Deus. Por mais alto que seja o conteúdo
emocional, nenhuma experiência pode ser provada como autentica a não ser que se
encontre autoridade para ela nas Escrituras. Ã "palavra e ao
testemunho" deve caber sempre a prova final.
O Espírito Santo e o "eu" humano decaído
são diametralmente opostos, "Porque a carne milha contra o Espírito, e o
Espírito contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que
porventura seja do vosso querer" (Gl 5:17). "Porque os que se
inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para
o Espírito, das coisas do Espírito. . . Por isso o pendor da carne é inimizade
contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar"
(Rm 8:5,7).
Sob esta luz, não é difícil ver por que o
comportamento do cristão em relação ao "eu" é um teste excelente da
validade de suas experiências religiosas. por isso devemos estar atentos contra as experiências pseudo-religiosas que suprem gozo
carnal mas alimentam a carne e enchem o coração de amor próprio.
Uma boa
regra é a seguinte: se esta experiência serviu para humilhar-me e me tornar
pequeno e vil a meus próprios olhos, vem de Deus; mas se me proporcionou um
sentimento de gratificação, de exaltação pessoal, do "eu"é falsa e deve ser abandonada como emanando da carne ou do diabo.
5. Como essa nova experiência afeta a nossa relação e a nossa atitude com nossos irmãos em Cristo.
O cristão sincero, depois de um notável encontro espiritual,
pode às vezes afastar-se de seus irmãos na fé e desenvolver um espírito
crítico. Ele pode estar sinceramente convencido de que sua experiência o tornou superior — que se acha agora num estado avançado de graça, e que os membros de
sua ou de outras igrejas não passam de uma multidão mista sendo ele ou eles os únicos e legítimos filhos de Israel.
À medida que crescemos na graça crescemos em amor
para com o povo de Deus. "Todo aquele que ama ao que o gerou, também ama
ao que dele é nascido" (1 Jo 5:1).
Isto significa simplesmente que se amarmos a Deus iremos amar também a seus
filhos. Toda verdadeira experiência cristã irá aprofundar nosso amor pelos
demais cristãos.
Devemos então concluir que tudo aquilo que nos separa
pessoalmente, ou no coração, de nossos irmãos em Cristo, não vem de Deus, mas
pertence à carne ou ao diabo. E, de maneira oposta, tudo o que nos leva a amar
os filhos de Deus vem provavelmente de Deus. "Nisto conhecerão todos que
sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros" (Jo 13:35).
6. Como essa nossa
experiência afeta a nossa relação e nossa atitude para
com o mundo.
Vejamos isso nas palavras de um apóstolo:
"Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência
dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o
mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de
Deus permanece eternamente" (1 Jo
2:16,17).
Este é o mundo pelo qual podemos testar os espíritos.
É o mundo do gozo carnal, dos prazeres ímpios, da busca dos bens e da fama
desta terra, e da felicidade pecaminosa, da satisfação pessoal. Ele segue seu curso sem Cristo,
seguindo o conselho dos perversos e sendo animado pelo príncipe das potestades
do ar, o espírito que opera nos filhos da desobediência (Ef 2:2).
Qualquer operação real de Deus em nosso coração
tenderá a nos separar da companhia do mundo. "Não ameis o mundo nem as
coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está
nele" (1Jo 2:15). "Não vos ponhais em jugo desigual com os
incrédulos; porquanto, que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade?
ou que comunhão da luz com as trevas?" (2 Co 6:14).
Podemos afirmar sem
qualquer dúvida que todo espírito que permite condescendência com o mundo é um
falso espírito. Qualquer movimento religioso que imite o mundo em qualquer de
suas manifestações é falso em relação à cruz de Cristo, encontrando-se ao lado
do demônio — e isto sem considerar os esforços de seus líderes em convencer
você de "aceitar Cristo" ou "deixar que Deus governe sua
vida".
7. O último teste da autenticidade da experiência
cristã é o que ela faz com relação à
nossa atitude para com o pecado.
A operação da graça no interior do coração do
indivíduo crente irá afastar esse coração do pecado e orientá-lo em direção à
santidade. "Porque o dom gratuito da salvação eterna agora está sendo
oferecido a todos; e juntamente com este dom, vem a compreensão de que Deus
quer que nos voltemos da vida ímpia e dos prazeres pecaminosos para uma vida
correta no temor de Deus, dia a dia, aguardando ansiosamente aquele tempo
quando se verá a sua glória — a glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus
Cristo" (Tito 2:11-13).
O que quer que torne a santidade mais atraente e o
pecado mais intolerável pode ser aceito como genuíno. "Pois tu não és Deus
que se agrade com a iniqüidade, e contigo não subsiste o mal. Os arrogantes não
permanecerão à tua vista; aborreces a
Todos os que praticam iniqüidade" (Sl 5:4.5).
Jesus advertiu, "porque surgirão falsos cristos
e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se
possível, os próprios eleitos'' (Mt
24:24). Essas palavras descrevem perfeitamente a nossa época para não passarem
de simples coincidência. Na esperança de que os "eleitos" possam tirar proveito delas estabeleci esses
testes. O resultado está nas mãos de Deus.
Conclusão:
Em resumo, o teste é este: Essa nova doutrina, esse novo
hábito religioso, essa nova visão da verdade ou experiência espiritual — de
que forma afetou minha atitude com relação a Deus e minha comunhão com Ele, com
Cristo, com o Espírito Santo, comigo mesmo, com outros cristãos, com o mundo e
o pecado? Com este teste, composto de sete elementos, podemos testar tudo
quanto pertence à religião e saber, sem sombra de dúvida, se vem ou não de Deus. Pelo fruto se conhece
a árvore. Temos então apenas de perguntar a respeito de qualquer doutrina ou
experiência: O que isto está fazendo para mim? e saberemos imediatamente se vem
do alto ou das profundezas da terra.
Gostei 🙏
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