Mas, que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha.
Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas depois, arrependendo-se, foi. E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus. Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer.
Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas depois, arrependendo-se, foi. E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus. Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer.
(Mt. 21.28-32).
Introdução:
Na
parábola dos dois filhos vemos o Senhor Jesus fazer distinção de duas classes
de pessoas ouvintes no seu reino: a primeira classe que parecia ser
desobediente, e que facilmente negou o pedido do Pai, depois caiu em si e
dispôs-se a atender o apelo do Pai. E a segunda classe que parecia ser de
obedientes, mas atendeu apenas aparentemente, na pratica no intimo,
transgrediu por que não foi.
O ensinio desta
parabola de pouco conteúdo em palavras é de grande lição para os nossos dias.
Devido aos contrastes e paradoxos nelas obtidos.
I - Entendendo
a parabola:
Par entendermos
essa parabola e necessário observar algumas coisas: Jesus encontrava-se
ensinando no templo depois de ter expulsado os vendilhões, o Filho do Homem já
estava no meio de seu sermão quando foi interrompido pelos lideres religiosos
judeus, interpelando-o com que autoridade ele fazia aquelas coisas (v.23),
então Jesus lhes respondeu com outra pergunta, que eles não puderam responder
porque não quiseram (vs. 24-27); então
Jesus proferiu esta parabola aos principais dos sacerdotes e anciões (v.23c) e
os escribas (Mc. 11.27) em resposta a pergunta ardilosa que eles fizeram e a
falta de resposta a sua pergunta.
· Verdade
principal: Os que são chamados por Deus e não lhe obedecem, dão lugar para
outros aparentemente desobedientes e perdidos, mais que se arrependeram passam
a obedecer e permanecem fieis.
II - Identificando os personagens:
1.
O Pai representa Deus:
Jesus não é
representado neste parabola a não ser pelo fato que nós já sabemos que Ele e o
Pai são um, e que a obra que um faz o
filho faz igualmente, por isso que Jesus disse que foi ele quem enviou os
profetas no velho testamento. (Mt. 23. 34-39)
1.2. Se
analisarmos com atenção, veremos que o Pai, chama a todos com urgência “filho
vai trabalhar hoje” (v.28); Deus deseja que realizemos a sua vontade “hoje” não
é amanha ou semana que vem, é hoje, agora para que não perdemos mais tempo.
2.
O primeiro filho representa os gentios:
Que é representado por Jesus pelos publicanos,
que eram odiados, considerados traidores grande pecadores (Lc. 3.12,13; 19.8;
Mt. 9.10,11), e as meretrizes que assim como hoje é considerado como uma
atividade vil, desprezível, e abominável.
2.1. O primeiro filho, a princípio parece
ser o filho desobediente, ele foi de uma grosseria incompreensível e sem pensar
respondeu ao Pai secamente “não quero” (v.29), só que a segunda atitude dele
foi totalmente o oposto da primeira
“... arrependendo-se foi”.
3.
O segundo filho representa os judeus:
O segundo filho representa
principalmente, as autoridades religiosas judaicas: Os principais dos
sacerdotes e anciões e os escribas (os fariseus assemelham-se a eles Mt. 23).
3.1. O segundo filho recebe a mesma
pergunta do Pai, e ele responde “eu vou Senhor”, mas quando o pai se retira ele
não cumpriu a sua palavra, pois o texto diz “... e não foi”.
Uma obediência aparente por isso Jesus se
referia a eles como sendo piores do que os publicanos e as meretrizes
arrependidos, isso foi para eles a pior coisa que eles poderiam ouvir, porque
eles os desprezavam totalmente.
E isso fica como lição para nós que se a
nossa justiça não exceder à deles, de maneira nenhuma seremos aprovados por
Deus (Mt. 5.20).
4.
A vinha representa o mundo:
Se for para tirarmos lições desta parabola, a
vinha aqui, também pode representa a Terra e a igreja em sua franca expansão sobre ela.
III - Lições a ser tirada desta parabola:
De tantas lições que poderiam
ser tiradas desta parabola nos destacamos três: O do próprio ensino em si
“judeus e gentios”, e ainda “entre os
crentes” e “crentes e gentios”. Tudo dentro da verdade principal que a parabola
quer passar.
1.
Quanto a Israel e os gentios:
1.1.
O ensinamento que o Senhor Jesus deu para todos que estavam no templo, e
que os Judeus deveriam ser os primeiros no Reino dos Céus, mas por causa da sua
obstinação e incredulidade entrará por ultimo (Mt. 23.38,39; Rm. 11.25; Zc.
12.10), e os gentios que deveriam ser os últimos, mas por causa do seu
arrependimento e conversão, passaram a ser os primeiros. (Mt. 21.31; Rm. 1.16; At. 13.46)
1.2.
Quantas pessoas em nosso meio que quando são convocadas para fazerem
algo para Deus, dizem que vão e não vão, dizem que vão fazer e não fazem, dizem
que comparecerão e não comparecem.
Duas coisas nós podemos aprender com isso:
·
Às vezes os que não aceitam logo o apelo para
trabalhar nem sempre são os desinteressados.
·
Às vezes os que se apresentam logo para obra nem
sempre são os cumpridores do dever. Por isso a ninguém julguemos segundo a
aparência (Jô. 7.47) é pelos frutos que se conhece a arvore. (Lc. 6.44)
·
A coisa mais triste de se ver é quando o Senhor
envia outras pessoas para fazerem aquilo que nós mesmos poderíamos estar
fazendo. Que Deus nos de Graça!
2.
Lição entre os crentes:
2.1.
Outra lição que podemos tirar é entre crentes e “crentes”. Há pessoas
que são chamadas para: missões, o ensino, o trabalho de socorro, de visitas,
necessidade das viúvas, órfãos, doentes e pobres e simplesmente dizem “não
quero”; com a desculpa de não posso. As razões alegadas são muitas: idade,
emprego, família, filhos, distancia, recurso financeiro, etc. não nos cabe
julgá-los.
2.2. Mas graças a Deus que existem aquelas
pessoas que realmente isso para elas e um empecilho, um impedimento, a
princípio também não aceitam, mas quando vêem a obra para ser feita e são, são
tocadas e vão e fazem de tudo para cumprir a vontade do Pai.
3. Lição entre gentios e crentes:
3.1. Quantos crentes apesar de estarem na
igreja usufruindo da salvação e das bênçãos que as acompanham, não se
mechem dos seus bancos para fazerem a obra do Senhor, é como um ditado que diz: “só querem venha a
nós ao vosso reino nada”.
3.2. Mas quanto aos gentios que dizem que
não gostam de crente, e que nunca vão ser um deles; tem um encontro com Cristo, querem fazer de
tudo pelo Reino, muitas vezes são taxados como fogo de palha.
Conclusão:
Obedecer é melhor do que
sacrificar "Porém Samuel disse: Tem porventura o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniqüidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei." (1Sm. 15.22)
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