Lc. 1.26-38
Introdução:
A Bíblia fala pouquíssimo sobre Maria. E nas poucas vezes em que é citado, o teor das mensagens objetivam sempre prestar esclarecimentos sobre a pessoa bendita de Jesus.
Maria inclusive nos deixou poucas mensagens que ela própria declarou, através dos testemunhos que deu, poucos porém muitos preciosos
Maria só é mencionada no Novo Testamento, em aproximadamente quarenta versículos, mais que muitas outras personagem bíblica, muitas vezes usada como exemplo pelos cristãos:
Fora dos Evangelhos, o nome de Maria só aparece uma única vez, no livro de Atos, juntamente com os nomes dos doze Apóstolos, e a menção a outros discípulos que os acompanhavam, inclusive os irmãos de Jesus (At 1.13,14). Ali está declarado que todos eles, após a ascensão de Jesus, ficaram juntos, morando no cenáculo em Jerusalém, onde perseveravam unânimes em oração, aguardando o derramamento do Espírito Santo, como o Senhor prometera (Lc 24.49; At 1.4).
Por que não falamos de Maria como deveríamos? O fanatismo pode levar muitos a não prestarem honras aos que honras merecem. Honrar significa considerar a virtude, o talento, a coragem, a santidade ou as boas qualidades de alguém. A mulher escolhida por Deus para dar à luz a Luz do mundo - a santa Maria - nos deixou exemplos de fé, obediência, coragem, humildade, de amor e temor a Deus. Então, honremos a Maria porque Deus a honrou primeiro.
1. Maria é escolhida para uma grande obra.
Maria era moradora de uma cidade humilde na Galileia e estava desposada com José, que também era muito humilde, em uma sociedade machista, quando a visão de um anjo, dizendo que ela tinha sido escolhida por Deus para ser a mãe do messias.
E a primeira resposta dela foi em forma de pergunta “como se sucederá isso...”.
E depois do anjo lhe responder como isso seria possível, ela responde "eis aqui a serva do Senhor. cumpra-se em mim segundo a tua palavra." (Lucas 1.38).
Este foi um exemplo de fé, obediência e humildade que nos deixou Maria. Com estas palavras ela acatou a missão que lhe acabara de ser anunciada pelo anjo Gabriel, ou seja, a missão de ser a mãe de Jesus, de servir de veículo para que o Verbo se fizesse carne e habitasse entre nós. Foi exemplo também de coragem: ela não temeu se José aceitaria ou não; se ele iria compreender ou não a sua gravidez, ou se ele iria trata-la como uma adultera e entrega-la para ser apedrejada pela sociedade da época.
Ela confiou no Senhor e na Sua Palavra. O mais extraordinário é que ela tinha no máximo dezesseis anos. Era só uma menina.
Não´foi a toa que o anjo lhe saudou dizendo "salve agraciada, bendita és tu entre as mulheres...." que mulher na biblia inteira vemos receber uma saldação pelo menos parecida com essas.
Seguindo seu exemplo, sejamos submissos à Palavra de Deus e à Sua vontade, ainda que isso nos cause algumas dificuldades no meio em que vivemos ou nos leve até a morte, Maria estava disposta a moreer para que a vontade de Deus se cumprisse, ela estava disposta a enfrentar a sua família, o seu marido, a sociedade da época e até o Diabo. Que bom seria se todos dissessem o mesmo que ela: "Cumpra-se em mim, Senhor, segundo a tua palavra".
2. Outras lições da vida de Maria:
2.1. Maria era uma Mulher que guardava a palavra se Deus
Maria ao ver aquela manifestação de júbilo em torno do menino, a Bíblia diz que ela guardava todas essas coisas conferindo-as em seu coração (Lc 2.17-20), ou seja, tudo aquilo servia para ela como sinal confirmatório de que o seu filho era verdadeiramente o Messias.
Outro sinal para Maria aconteceu quando o menino completou doze anos e foi com eles à Jerusalém, à festa da Páscoa (Lc 2.39-42). Ao regressarem à Nazaré, Maria e José não perceberam que o menino não os acompanhara. Assim regressaram a Jerusalém, e três dias depois o encontraram no templo, assentado no meio dos doutores, que os ouviam e interrogavam, e se admiravam com a sua inteligência e respostas (Lc 2.43-47).
Ali, pela primeira vez, Jesus declara a supremacia da sua filiação com Deus: quando foi inquirido pela sua mãe, pela preocupação que lhes tinha dado, respondeu-lhe:
Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai? E eles não compreenderam as palavras que lhes dizia. E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava no seu coração todas estas coisas. (Lc 2.49-51).
2.2. Maria era uma mulher perseverante:
Maria perseverou em estar ao lado de Jesus Até o fim “E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria mulher de Clopas” (Jo 19:25)
Jesus fez uma promessa para aqueles quase quinhentos irmãos que o viram ressuscitado, que esperassem a promessas do Pai, porém apenas cento e vinte permaneceram firme esperando o cumprimento as promessa.
Comparando At 1.4 com 2.1-4, podemos entender que Maria foi alcançada pela grande bênção da descida do Espírito Santo, ocorrida no dia de Pentecostes, porque foi perseverante.
2.3. Maria não era vaidosa
Também Maria não se envaideceu diante das declarações de sua prima Isabel, que lhe disse: "Bendita és tu entre as mulheres, e é bendito o fruto do seu ventre". Tão logo ouviu estas palavras, dirigiu-se ao Senhor em oração: "A minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu salvador, porque atentou na humildade de sua serva, pois eis que, desde agora, todas as gerações me chamarão bem-aventurada" (lucas 1.39-55).
Uma outra coisa interessante acerca de Maria é que depois que o anjo do Senhor aparece a Jose em sonho (Mt. 1.20,21), o Senhor não fala mais com ela diretamente dó através do seu marido.
“E, tendo eles se retirado, eis que o anjo do Senhor apareceu a José em sonhos, dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e demora-te lá até que eu te diga; porque Herodes há de procurar o menino para matá-lo. Morto, porém, Herodes, eis que o anjo do SENHOR apareceu num sonho a José no Egito, Dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e vai para a terra de Israel; porque já estão mortos os que procuravam a morte do menino”. (Mt. 2. 13, 19-20).
2.4. Maria era uma mulher que tinha discernimento:
Por este texto vemos claramente que Maria discerniu tudo, no momento em que o seu marido recebe também a revelação da parte de Deus, ela se submete a Ele, sem qualquer objeção, não sendo como muitos por que recebem algo do Senhor se acham detentores da verdade
2.5. Maria não era uma mulher ansiosa:
Maria também não se abalou quando certo homem chamado Simeão, cheio do Espírito Santo, profetizou a respeito do Menino: "Eis que é posto para queda e elevação de muitos... e uma espada traspassará também a tua própria alma" (Lucas 2.34-35). A missão seria difícil tanto para Maria quanto para Jesus. Maria foi uma mãe sofredora. Sofredora, porém resignada. Sofreu na apressada fuga para o Egito, livrando Jesus das mãos de Herodes; sofreu diante das perseguições e das ameaças com vistas a tirar a vida de seu filho; e, finalmente, sofreu muitíssimo ao ver seu filho traído, condenado sem justa causa e morto numa cruz.
2.5.1. Maria teve paciência para esperar o momento certo para que todos vissem que ela foi uma mulher escolhida por Deus.
Podemos para pensar o que foi para aquela mulher viver a vida toda, com os olhares daqueles que não entenderam como ela poderia esta grávida, ainda que José a tenha assumido ninguém é bobo, todos sabia que ela estava grávida antes de casar, mas nas bodas de Cana, todos puderam entender, que o que ela falava era verdade, e que o Filho que dela foi gerado era do Espírito santo, por que Ele é Deus.
Conclusão:
Maria faz parte, portanto, dessa galeria de santos que souberam cumprir com firmeza, determinação, coragem e fé os encargos que Deus lhes confiou. Que nós, os santos vivos, nós os santos de nossa geração, saibamos cumprir a nossa missão como filhos de Deus, tendo como exemplo os santos do passado, tudo para honra e glória do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
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