O Concilio Vaticano II marcou uma fase de transição do
catolicismo romano. Por sentir a urgente necessidade de se adaptar as novas condições econômico-político-sociais e religiosas do mundo. Este foi o principal objetivo do Concílio Ecumênico Vaticano
II, que no terreno sócio-político desfraldou bandeiras socialistas e na área religiosa
arreganhou aberturas ecumenistas.
O ecumenismo intentando o retorno à comunhão vaticana das
ditas por alguns como as seitas dissidentes do Catolicismo como os luteranos e
os anglicanos, por exemplo e todas as suas ramificações. Os mesmos aceitaram o
assédio ecumenista do clero romano e na mesa comum do "dialogo" seus
representantes tem se sentado no afã de aparar as arestas responsáveis pelo
seu distanciamento da comunidade vaticana.
João Paulo II, foi o sumo pontífice que o romanismo atual
precisava. Ele veio na hora exata. Sua exuberante atuação e firmada no
programa consciente de capitalizar o máximo em todos os espaços (políticos,
sociais, financeiros e religiosos). Usufrutuário de prestígio multissecular
do cargo de soberano pontífice da mais rica e poderosa religião do mundo, em benefício
dela própria, João Paulo II se empenha ao extremo.
Em sua viagem a Inglaterra, em Agosto deste ano de 1982, visando
a respaldar as últimas decisões dos encontros ecumênicos dos vaticanos e os anglicanos. Com certeza o seu
pontificado se assinalara na historia do romanismo pela consumação do regresso
dos anglicanos e parte dos luteranos ao seio da "santa madre".
Dado o seu desenvolvimento no meio das massas populares o
pentecostalismo chamou a atenção da hierarquia vaticanista. Se a manobra do "dialogo"
ecumenistizante vem dando certo com os anglicanos, luteranos e ortodoxos, Destarte
a hierarquia resolveu penetrar nas áreas pentecostalistas valendo-se de suas
próprias praticas. Praticas estas, outrossim, próprias da atuação do clero
romanista no decurso de sua existência.
A perspicácia clerical verificou com acerco ser a nação norte
americana o lugar mais conveniente para o início de sua atual investida
carismática. A hierarquia vaticana e genial tem para cada empreendimento
específico o indivíduo especifico adrede preparado.
Nesta empreitada 'o indivíduo talhado foi o sacerdote
jesuíta Edward O'Connor, da Universidade Católica de Notre Dame. Mentor
espiritual de Steve Clark e Ralph Martin Keiter, considerando-os adequados
instrumentos na sua investida, resolveu usá-los na explosão carismática
vaticana tendente a ecumenistizar os pentecostalistas. Colocou-lhes nas mãos,
em princípios de 1966, os dois livros: A CRUZ E O PUNHAL, de David
Wilkerson, e ELES FALARAM EM OUTRAS LÍNGUAS, de John Sherril. Lendo-os,
segundo as previsões de O'Connor, assimilaram sua orientação e passaram a
freqüentar "reuniões de poder" dos pentecostalistas.
Clark e Keifer, dois leigos católicos engajados nos Cursilhos
de Cristandade, o movimento desencadeado pelo clero após o Concilio Vaticano
II com o propósito de dinamizar as praticas religiosas entre os fieis
católicos em função do ecumenismo.
Comprovaram ambos a sua acertada escolha pelo jesuíta
O'Connor pois sentiam as mesmas experiências pentecostalistas influenciados
que eram por aquelas "reuniões de poder".
O seu preparo excedeu as mais otimistas expectativas de seu
mentor espiritual. Devidamente preparados, portanto, compareceram Keifere Clark,
no Outono de 1966, à Convenção Nacional dos Cursilhos de Cristandade, celebrada
em dependências da Universidade Católica Duquesne do Espírito Santo, na cidade
de Pittsburg, Pennsylvania. Se os relatórios das atividades ecumenistas
revelavam progresso em certos meios protestantes, em geral, também
demonstravam o fracasso delas nos círculos pentecostalistas.
Steve Clark e Ralph Keifer tiveram então a oportunidade de
dar seu testemunho de atuação positiva nesses ambientes ate então refratários
ao "diálogo" ecumenista. Falaram sobre aqueles dois livros
pentecostalistas e espalharam exemplares deles a muitos companheiros cursilhistas.
À terminada Convenção dos Cursilhos sucedeu um espontâneo (?)
encontro de pessoas despertadas pela palavra de Clark e Keifer e interessadas
nas novas experiências.
O ambiente daquela colina batida por constante brisa forte do
Outono facilitou o cenário do pentecostal "vento impetuoso". As
reuniões, por seu turno, criaram o clima psicológico favorável à ocorrência do
chamado batismo no Espírito Santo dos moldes pentecostalistas. Com efeito, as
manifestações carismáticas não se fizeram retardar. E no ambiente de extrema
excitação nervosa predominaram as línguas "estranhas". Deu-se o
inicio a um surto pentecostalista nos horizontes romanistas.
As pessoas do grande grupo de participantes daquele primitivo
encontro de Pittsburg espalharam-se e levaram sua mensagem pentecostalista a
outros recantos e regiões da América do Norte.
No intento de permear também a elite norte americana o clero
Vaticano instalou naquele pais muitas universidades católicas dentre as quais
se sobreleva a de Notre Dame, famosa inclusive por suas apresentações
esportivas.
Ainda manipulados pelo sacerdote jesuíta Edward O'Connor,
Ralph Keifer e Steven Clark se introduziram nessa Universidade. No verão de
1967, apenas um ano depois do ocorrido na Universidade de Duquesne do Espírito
Santo, considerável parte das três mil pessoas participantes do curso de
extensão em matérias adiantadas, foi atingida pela nova experiência.
Procedentes de muitas zonas do país, cada uma levou para sua terra o recado
carismático. Tudo, de resto, se cumpriu consoante o planejamento do jesuíta
O'Connor.
Ainda em Pittsburg passou a sobressair na maré montante do
pentecostalismo católico o casal Kevin e Doroty Ranaghan, que, por sinal, se
tornou conhecido também no Brasil com o seu livro CATÓLICOS PENTECOSTAIS vertido
para o nosso idioma com sua larga difusão a partir de 1972 sob a
responsabilidade da editora pentecostalista O. S. BOYER, de
Pindamonhangaba, Interior Paulista.
Esse livro incentivou considerável simpatia do
pentecostalismo brasileiro para com o movimento carismático romano.
Até então os pentecostalistas acerbamente corri batiam as
crassas práticas idólatras romanístas. Daí por diante tornou-se difícil
ouvir-se um deles levantar a voz nesse sentido. E se ocorre, carregam-no de
duras reprimendas os irmãos de "segunda benção".
O surto pentecostalizante tem avassalado tradicionais
denominações protestantes e evangélicas.
O casal Ranaghan, em seu livro, sem quaisquer subterfúgios,
admite: "um dos mais ricos frutos desse movimento carismático
contemporâneo é a união dos cristãos de muitas denominações, no Espírito de
Jesus. Episcopais, luteranos, presbiterianos, metodistas, batistas, discípulos,
nazarenos, irmãos, assim como pentecostais denominacionais tem se tornado
nossos queridos irmãos e irmãs em Cristo, unidos pelo batismo com o Espírito
Santo" (p. 282).
Releva frisar serem católicos os Ranaghan. Segundo a opinião
deles o apelidado batismo no Espírito Santo a todos nivela dissolvendo todas as
barreiras doutrinárias.
Os resultados positivos prognosticados pela hierarquia
clerical com a incursão carismática nos domínios pentecostalistas e
pentecostalizados do protestantismo e das denominações evangélicas surgiram
muito antes do tempo previsto.
Os autores do livro CATÓLICOS PENTECOSTAIS se tornam
irreprimíveis em sua vitoriosa e objetiva conclusão: "... um saudável
aspecto ecumênico se desenvolveu no movimento e tem sido tremendamente frutífero..."
(p.195).
O monge beneditino brasileiro Estevão Bettencourt, com
otimismo lastreado na realidade, chega a igual conclusão: "O ecumenismo
(tendência a aproximação crescente das diversas denominações cristas entre si)
constitui uma nota forte do pentecostalísmo católico. A este titulo, o
movimento merece aplausos e apoio" (in PERGUNTE E RESPONDEREMOS, 149/1972,
p.238).
Harold J. Rahn e outro jesuíta. Veio dos Estados Unidos para
o Brasil investido da incumbência de fomentar aqui o desenvolvimento
carismático. Sobre a matéria já
escreveu o livro SEREIS BATIZADOS NO ESPÍRITO SANTO. Sem quaisquer
rebuços declara: "...tenho visto o movimento pentecostal favorecer melhor
o entendimento ecumênico, em pouco tempo, que discussões teológicas, por um
longo período" (p.22). "Freqüentemente, são (os pentecostais
católicos) abertos a ponto de apreciar, e mesmo aceitar, muitas das proposições
que nos são caras" (ps.21,22).
Os pentecostalistas, de fato, a todos e a tudo nivelam por
sua experiência característica. Despidos de convicções bíblicas concordam com
todos e com todos se unem desde que passem pelo seu chamado batismo no Espírito
Santo que, diga-se a bem da verdade conquanto de passagem, nada tem a ver com o
Evento do dia do Pentecostes segundo o registro de Atos 2.
Rahn tem toda a razão! Os católicos carismáticos não se
preocupem! Não precisam por causa dos pentecostalistas abrir mão dos seus
aberrantes dogmas. Os pentecostalistas e pentecostalizados aceitam as mais
queridas proposições vaticanas.
Página a página as Escrituras Sagradas recusam desvios da
Palavra de Deus. Se o Ministério de Paulo Apóstolo se destaca pelo impulso
missionário, sobressai-se muito mais pelo seu zelo em defender a pureza da
Verdade do Evangelho. Seu Epistolário e o vigoroso terçar da Espada do Espírito
contra as adulterações da Sacrossanta Verdade.
Seu desvelo leva-o a exigir dos crentes o afastamento
daqueles trânsfugas da rota segura da Sã Doutrina: "E rogo-vos, Irmãos,
que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a Dou trina que
aprendestes; desviai-vos deles'" (Rom. 16:17). "... DESVIAI-VOS
DELES".
João échamado de o Apóstolo do Amor. E no apanágio de
Apóstolo do Amor estabelece: "Todo aquele que prevarica, e não persevera
na Doutrina de Cristo, não tem a Deus; quem persevera na Doutrina de Cristo,
esse tem tanto ao Pai como ao Filho. Se alguém vem ter convosco, e não traz
esta Doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis" (II Jo.
9-11).
Pergunto eu: que parceria, que entendimento, que aproximação
no terreno doutrinário e na vivência espirituais pode haver entre os católicos
carismáticos e os autênticos evangélicos? Entre eles e os pentecostalistas
decerto e possível o entendimento.
As experiências carismáticas católicas ao invés de tornarem
seus sujeitos mais receptivos ao Puro Evangelho, impelem-nos a se reafervorarem
nas práticas de sua falsa religião. Ao invés de moverem-nos a questionar à luz
das Escrituras os seus dogmas, estimulam-nos a mais firme adesão a apelidada
"igreja".
Kevin e Doroty Ranaghan são honestos em anunciar o fato:
"O MOVIMENTO PENTECOSTAL NÃO SEPAROU OU EXCLUIU OS CATÓLICOS DE SUA
IGREJA. AO CONTRARIO RENOVOU O SEU AMOR PELA IGREJA E EDIFICOU UMA FE VIVA NA
COMUNIDADE CATÓLICA" (p.73).
Desde o princípio do surto carismático em Pittsburg vem se
ressaltando o acontecimento: "TODOS EXPERIMENTARAM UM INTERESSE MUITO
MAIOR EM PARTICIPAR DA VIDA SACRAMENTAL DA IGREJA DO QUE ANTES" (p.32).
Rahn confirma: "UM CRISTÃO, CUJA VIDA É CONDUZIDA PELO
ESPÍRITO, NÃO PORÁ NUNCA EM QUESTÃO A OBEDIÊNCIA DE VIDA ÃS DIRETIVAS DA IGREJA
OU DO SUCESSOR DE PEDRO, O CRISTO VISÍVEL NA TERRA" (SEREIS BATIZADOS
NO ESPÍRITO SANTO, p.38).
O casal Ranaghan e o jesuíta Rahn com todos os orientadores
católicos carismáticos nisto são honestos e coerentes nos seus erros. Não
arredam uma fração de milímetro em sua postura romanista e em seu objetivo
ecumênico.
O jesuíta reconhece as "vantagens da renovação carismática"
na "NOVA APRECIAÇÃO DA IGREJA, DA LITURGIA, DA EUCARISTIA, DE MARIA"
(p.38).
Com efeito, os testemunhos dos "católicos
renovados" comprovam a observação de Rahn. E no intuito de enaltecer a
validade das experiências carismáticas no reavivamento romanista, o livro CATÓLICOS
PENTECOSTAIS de Ranaghan enfileira uma série de depoimentos dos quais transcreverei
alguns.
Mary McCarthy reconhece: "A assistência diária a missa
tornou-se minha maneira de viver" (p. 45).
Patrícia Gallagher relata haver sido batizada com o Espírito
Santo "enquanto estava de joelhos, em oração diante do santíssimo sacramento"
(p.48). E atesta: "Sinto-me mais devota do que nunca dos sacramentos,
especialmente da eucaristia" (p.51).
Thomas Noe, depois da experiência pentecostalista descobriu
"um novo grau de significação em todos os sacramentos, especialmente na
confissão e na eucaristia. Cheguei a entender", diz ele,"de maneira
mais perfeita a eucaristia como sacrifício..." (p.92).
Rahn é conseqüente com sua posição e atuação clerical ao
considerar "natural que após a purificação sacramentai... e a recepção de
Cristo na eucaristia, muitos sejam batizados com o Espírito Santo"
(p.199). Definido outrossim insiste: "Uma das notas características dos
que se entregam ao Espírito Santo e um grande amor a Cristo, um afervoramento
da devoção a eucaristia. A necessidade de vivência eucarística é uma das
conseqüências do batismo no Espírito Santo" (p.217).
Entre os evangélicos a ignorância das Escrituras e das
falsas doutrinas religiosas muito vem contribuindo em prol da heresia em todos
os seus matizes. Nessa ignorância o ecumenismo encontra o seu eficacíssimo
caldo de cultura.
Se os pentecostalistas e penteeostalizados soubessem
realmente o significado do dogma eucarístico no contexto da dogmática vaticana
repeleriam qualquer convite unionista da hierarquia clerical e rejeitariam
qualquer oportunidade de emparceiramento com os católicos carismáticos.
Enquanto escrevia este livro encontrei o Azambuja, nosso
velho amigo. Quem não conhece o Azambuja? Aquele rapaz muito inteligente ao
ponto de quando lê um livro ou um artigo de jornal e topa uma palavra cujo
sentido desconhece, vai logo ao dicionário para se instruir. Destarte seu
vocabulário e muito rico. E o Azambuja sempre diz: não há palavras difíceis;
há, sim, gente ignorante!!!
Encontrando-o li-lhe a frase acima, quente ainda, da ponta do
lápis e quente ainda a folha de papel que a recebeu. Fixou o indicador direito
na testa, franziu os sobrolhos, enrugou os intercilios, recuou dois passos e
adiantou um... E comentou com ar de censura: você e um inveterado otimista (Ele
sabe que considero os otimistas uns fora da realidade cujos miolos se fixaram
na estratosfera). Otimista fanático. Sim, senhor! Ê que você é! Supõe ainda
que se os pentecostalistas conhecessem as barbaridades romanistas, se soubessem
o significado da missa católica, eles repudiariam qualquer aproximação
religiosa com os clérigos? Isso é otimismo ingênuo. Se soubessem mesmo e que
ainda mais se aproximariam deles. Com muito mais pressa correriam para o
romanismo.
O nosso Azambuja tem toda a razão. Pedi-lhe perdão do meu
insensato otimismo. Onde estava eu que não segurei meus miolos presos à
realidade deste mundo? Deixei-os a vagar pelas estratosferas da ficção. A
espaços tenho esses arroubos de fantasia. O Azambuja tem razão. Toda a razão!
Ainda as vésperas da visita de João Paulo II a S. Paulo, um
"missionário" pentecostalista mandou seus fieis irem ao Campo de
Marte assistir a missa do "papa" e comungar a hóstia consagrada porque,
dizia ele, assim os irmãos participam da santa ceia do Senhor (???).
Aliviou-se do espanto o Azambuja quando lhe li o parágrafo
seguinte assim por mim redigido:
Os pentecostalistas e pentecostalizados, contudo de
propósito se aproximam deles (dos clérigos) e os aplaudem porquanto nem lhes
interessa o esclarecimento acerca dos erros doutrinários romanistas. O
indivíduo sofreu aqueles tremeliques da sua experiência característica, o resto
e resto...
Recomendo a leitura do meu livro A MISSA. Lendo-o os
crentes evangélicos tornam-se esclarecidos sobre a matéria e a considerarão,
porque devidamente informados na sua verdadeira dimensão, culto de demônios. E
mais. Recusarão a aproximação com os pentecostalistas e pentecostalizados tremendamente
implicados e comprometidos com a mais infernal das heresias, que e a da
desconsideração da TODO-SUFICIÊNCIA e TODO-EFICÁCIA do Sacrifício de Cristo.
Os católicos carismáticos por se tornarem mais fervorosos e
mais reavivados católicos, como não poderia deixar de acontecer, exacerbam-se
em sua mariolatria.
A mariolatria católica carismática atinge as raias incomensuráveis
do absurdo, fato esse comprovado na seguinte declaração do jesuíta Rahn: a
única devoção de Jesus na terra foi a sua devoção a Maria e essa
"continua sendo a devoção de Jesus no céu!" (p. 41).
Onde chegamos. Em plena era pós-conciliar quando os
protestantes supunham profunda reforma no catolicismo romano, o jesuíta Rahn,
inspirador, incrementador e incentivador do movimento carismático entre
romanistas aqui no Brasil, sai-se com essa lindeza de monstruosa mariolatria.
Jesus também agora lá no Céu é devoto de Maria!!! Só um psicopata se passa por
tal mariolatra.
A página 197 Rahn quer relacionar Maria com o Pentecostes e
reproduz um pronunciamento de Nino Salvaneschi Dali Oglio (UN FIORE A
MARIA): "Quando, após a Morte de Jesus, os primeiros Apóstolos
reunidos em torno de Nossa Senhora,ouviram-na relembrar os episódios de Nazaré,
Belém e Jerusalém, a sua voz foi para os discípulos a voz do Espírito Santo.
Cristo tinha confiado a humanidade redimida ao Espírito Santo e a Maria. Assim
o Calvário e o Cenáculo uniam a Virgem e o Paracleto".
"Não faremos terminar esta reflexão", acentua o
jesuíta Harold Rahn, "sobre o Pentecostes sem falar daquela que foi e é a Mãe
da Igreja. No Cenáculo, "todos eles perseveravam concordes na oração, com
as mulheres e Maria, Mãe de Jesus" (At. 1,14). Em Belém, Maria dera a luz
Jesus, a Cabeça do Corpo Místico. Na Cruz, pela palavra fecunda do seu Filho,
o seu coração se alargara para a maternidade espiritual de todos os membros
desse corpo, ate que se complete na parusia. Era normal que a Mãe presidisse,
fosse a madrinha desse batismo do Espírito Santo à Igreja, que no dia do
Pentecostes iniciava a sua vida oficial sobre a terra. Inseparável dos
mistérios de Cristo, é ela a esposa do Espírito que melhor que ninguém nos pode
obter as suas graças e a renovação incessante do Pentecoste para todos os
membros do seu Filho. Por isso, a justo titulo, e chamada Mãe da Igreja"
(p.70).
"Aleluia a Maria... " (p.196), é, da parte dos
católicos carismáticos, a expressão de exaltação a Maria.
ALELUIA A MARIA...
Você que e na verdade crente evangélico concorda com
semelhante enaltecimento a Maria?
A interjeição laudatória ALELUIA quer dizer
"louvai a Deus", por seu próprio sentido, somente pode ser atribuída
a Deus. "Louvai a Deus a Maria"... Destoa por completo.
O rosário é o exercício devocional a Maria mais em
voga nos espaços romanistas e o mais cumulado de privilégios pelos romanos
pontífices através das chamadas indulgências a ele anexadas. Em conseqüência os
católicos pentecostalizados na sua prática se afervoram. Jim Cavnar, por
exemplo, "adquiriu o habito de rezar o rosário desde que recebeu o
batismo com o Espírito Santo" (CATÓLICOS PENTECOSTAIS, p.253).
Berth e Mary Lou confessam que a partir do seu batismo com o Espírito Santo,
"as devoções naturais, como a de Maria... tornaram-se mais
significativas" (p.115). Thomas Noe, por seu turno, "descobriu uma
profunda devoção a Maria" (p.93).
São declarações e testemunhos comprovantes do reavivamento
católico conseqüente do surto pentecostalista naqueles horizontes.
E, em resultado, se grassa entre os supostos evangélicos
pentecostalistas e pentecostalizados verdadeiro analuvião de simpatia em favor
do catolicismo romano, o ecumenismo obtém considerável sucesso com a adesão de
muitos deles a certos dogmas romanistas, como o da eucaristia (missa e presença
real de Cristo na hóstia) e os atinentes a Maria.