“Aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no
meio dos anos a notifica: na ira, lembra-te da misericórdia”, Hc 3: 2.
A oração do profeta Habacuque é um clamor pelo
avivamento. Quando olhamos o estado de vida da maioria das pessoas que nos
cercam, percebemos o enorme vazio entre seu querer, seus sonhos e o modo real
como vivem. O contraste é chocante, principalmente no campo espiritual e
social. Em meio a um mundo tão avançado na tecnologia, está o homem tão abatido,
tão arrasado, tão deprimido. Na Igreja, nós também nem sempre estamos
satisfeitos. Há muitos com uma fé abatida, diminuta. Para outros a religião se
tornou um costume, uma rotina. E a Igreja uma espécie de clube, aonde é bom ir.
Mas, nosso projeto é maior. Queremos mais. Mais de Cristo, mais de seu amor. Em
tempos assim é que precisamos de avivamento, para sermos mais dinâmicos na fé.
I - AVIVAMENTO É VIDA ESPIRITUAL
ABUNDANTE
Para
tempos de desânimo e de afastamento da fé genuína, temos positivamente uma
promessa gloriosa que se encontra em seu apogeu de cumprimento: o avivamento
espiritual. Segundo a palavra do apóstolo Pedro, é para nossos dias esta
maravilhosa e necessária bênção: “Porque
a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão
longe: a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar", Atos 2: 39. Que
promessa era essa? Era a de que receberiam o dom do Espírito Santo, v. 38.
a) Que fazer? Duas
condições prévias eram estabelecidas: os crentes deveriam arrepender-se e serem
batizados. Iria cumprir-se João 7: 38-39, que diz: “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios
de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de
receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado,
porque Jesus não havia sido ainda glorificado.”
Jesus
estava falando sobre a vitalidade daqueles que creem nele e se envolvem de modo
dinâmico na obra do Senhor. O salmista descreve esse novo crente: “Pois será como a árvore plantada junto a
ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não
caem, e tudo quanto fizer prosperará", Sl 1: 3.
b) O Espírito ajudador. O que o
apóstolo Pedro diz em At 2: 39 é que, uma vez convertido e integrado na Igreja,
o crente tem à sua disposição o Espírito Santo, com seus dons e poder. Ele vai
ajudá-lo na intercessão, no entendimento da Palavra e na pregação e principalmente na sua transformação a cada dia. "[Porque] ...a vereda do justo é como aluz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito" (Pv. 4.18).
"Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor". 2Co 3:18
O avivamento vai fazer
do crente uma pessoa ativa, mesmo em meio a um mundo cheio de dúvidas e de
escuridão.
c) Trabalho na obra. Avivamento é
disposição para o trabalho do Senhor. É ousadia e intrepidez. Mais do que em
si, no seu conforto, em seus negócios, o crente avivado pensa no serviço que
deve prestar ao reino de Deus. Ele se doa constantemente, com toda disposição.
II - AVIVAMENTO É FONTE DE PODER
Pouco
antes de sua ascensão, Jesus proferiu as célebres palavras: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o
Espírito Santo”, At 1: 8. Ele estava dando aos discípulos a garantia de que
teriam os recursos necessários para dar continuidade à obra iniciada.
a) Milagres. Esse poder
que enche de coragem, dinamismo e abundante graça evidenciou-se na vida dos
crentes primitivos. Havia milagres esplêndidos, a ponto de até a sombra Pedro
curar, At 5: 15. Levavam os aventais e lenços de Paulo e os colocavam sobre os
doentes e perturbados e vidas eram libertadas, At 19: 12. O texto de Atos 3: 1
registra um milagre
tão extraordinário que o povo ficou cheio de pasmo e assombro. Um coxo de
nascença esperava receber de Pedro e João uma simples esmola, porém recebeu a
cura física. Logo depois, foi visto entrando no templo, andando, saltando e
louvando a Deus, contente, At 3: 9. Tal era o poder na vida dos apóstolos, que
os milagres eram freqüentes.
b) Prodígios nas Escrituras. Três fases da
história bíblica foram plenas de grandes milagres: a de Moisés, a do profeta
Elias e a do começo da Igreja. O Senhor tinha um propósito ao agir assim:
autenticar a mensagem dos pregadores e levar pessoas à fé. Os crentes do
primeiro século viram de perto grandes manifestações de poder. Curas e
libertações eram comuns.
c) Poder para nossos dias. O poder do
Espírito, porém, não ficou restrito aos tempos neotestamentários. Os
registros a respeito do cristianismo mostram que esse poder é transmitido à
Igreja de Cristo em todas as eras, ainda que não seja com a mesma intensidade.
III - AVIVAMENTO É DESPERTAMENTO
O
avivamento raiou no dia de Pentecostes e os crentes, inflamados com esta
bênção, partiram corajosamente para conquistar almas perdidas. Essa história
maravilhosa está narrada no livro de Atos. No cap. 1: 8 está a grande promessa
e, em At 2: 1-4, o cumprimento.
De
At 2: 5 em diante, nascem umas poderosas obras missionárias. Logo começam os
resultados, At 2: 41; At 4: 4. Os cristãos anunciavam com ousadia e intrepidez
a Palavra de Deus.
A
Igreja que faz a oração de Habacuque tem prazer no louvor, no evangelismo, na
pregação da Palavra, no envolvimento na obra missionária. Ela existe para
servir. Por isso, está sempre consciente de que, fora das quatro paredes de seu
templo está o grande desafio. Uma igreja assim jamais se acomoda.CONCLUSÃO
O verdadeiro avivamento foi o despertar dos discípulos a centralidade em cristo na palavra de Deus, santidade, evangelismo e uma viva esperança na volta de Cristo.
Reavivamento é o retorno a todas essas coisas mencionadas acima.
Avivamento só ocorre em quem ou em um lugar que nunca receberam o evangelho, em todos os outros casos o que ocorre é um reavivamento
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