A adoração a uma deusa-mãe, rainha dos
céus etc. teve início na antiga Babilônia e se espalhou pelas
nações até chegar a Roma. Os gregos adoravam Afrodite; em Éfeso, a deusa era
Diana; Isis era o nome da deusa no Egito.
Milhares desse tipo de adoradores "aderiram" ao catolicismo em Roma para ficarem mais próximos do poder, haja vista que o Império Romano no século III adotou o cristianismo como religião oficial. Então, esses "cristãos" nominais levaram suas práticas idólatras e pagãs para a Igreja de Roma.
Milhares desse tipo de adoradores "aderiram" ao catolicismo em Roma para ficarem mais próximos do poder, haja vista que o Império Romano no século III adotou o cristianismo como religião oficial. Então, esses "cristãos" nominais levaram suas práticas idólatras e pagãs para a Igreja de Roma.
Em vez de coibir o abuso e conduzir os fiéis pelos caminhos da
fé exclusiva em Deus, os líderes do catolicismo romano contemporizou a
situação: aos poucos as imagens pagãs foram substituídas por imagens cristãs;
os deuses pagãos, substituídos pelos deuses cristãos (os santos bíblicos) e, na
esteira desse sincretismo religioso, a "Santa" Maria surgiu como
"Mãe de Deus", "Senhora", "Sempre Virgem",
"Concebida sem Pecado", "Assunta aos céus", "Mediadora
e Advogada".
Na
seqüência de atos tendentes à cristianização do paganismo, foram dogmatizadas
ou proclamadas as seguintes crendices pela Igreja Católica Romana:
1) O culto aos santos é
reconhecido publicamente no ano 370 por Basílio de Cesaréia e Gregório de
Nazianzo;
2)
No ano 400, iniciadas
as orações pelos mortos;
3)
Trinta e um anos
depois, Maria é proclamada "Mãe de Deus";
4)
Em 789, inicia-se o
culto das imagens e das relíquias;
5)
A "Assunção de
Maria" é festejada pela primeira vez, em 819;
6)
No ano 880, tem início
a canonização dos santos;
7)
No ano 1220, adoração
à hóstia;
8)
Em 1229, os leigos são
proibidos de ler a Bíblia;
9)
Em 1311, dá-se início
à Procissão do Santíssimo Sacramento e à oração da Ave-Maria;
10) Em
1546, declaração de que a Tradição tem autoridade igual à da Bíblia;
11) Em 1950, a assunção de Maria transforma-se em
artigo de fé.
Além
desses atos, as rezas da Ave-Maria chamam-na de "Sempre Virgem",
"Rainha", "Advogada", ''Mãe de Deus", "Concebida
Sem Pecado". Então, iremos examinar um por um esses títulos à luz da
verdade contida na Palavra de Deus, lembrando que a Bíblia é a única regra de
fé e prática do cristão.
OS
ARGUMENTOS CONTRÁRIOS
A
seguir, os argumentos dos que defendem a adoração à Maria, sua atuação como
Mediadora e Padroeira, sua qualidade de Mãe de Deus, e outros títulos e missões
a ela atribuídos.
1) "TODAS AS GERAÇÕES ME CHAMARÃO BEM-AVENTURADAS" (Lucas 1:48).
Esta declaração de
Maria é apresentada como justificativa do culto a ela prestado.
Contestação: Segundo o Dicionário Aurélio, "bem-aventurado" quer
dizer muito feliz. É também a situação "daquele que, depois da morte,
desfruta da felicidade celestial e eterna". É sinônimo de santo.
Jesus
chamou de bem-aventurados os pobres de espírito, os que choram, os mansos, os
que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os
pacificadores, e os que sofrem perseguição por causa da justiça (Mateus
5:3-10). Em Salmos 112:1, lê-se: "Bem-aventurado o homem que teme ao
Senhor, que em seus mandamentos tem grande prazer". Apocalipse 20:6:
"Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira
ressurreição". Jesus disse: "Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas,
pois não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos
céus" (Mateus 16:17).Outras referências: Salmos 1:1; 2:12; 32:1; 106:3;
119:1; 146:5; Mateus 24:46; Apocalipse 22:7. Como se vê, bem-aventurados somos
todos nós que seguimos a Jesus. Porém, tal felicidade não nos confere o direito
de sermos adorados, quer em vida, quer na morte. A bem-aventurança que nós
asseguramos em vida, pela aceitação do senhorio de Jesus, se estende por toda a
eternidade. O fato de Maria ter sido chamada de Bem-aventurada, não significa
uma doutrina, mandamento ou ensino
no
sentido de a ela prestarmos culto.
2)
Numa festa de casamento,
em Canaã da Galiléia, Maria disse aos empregados: "FAZEI TUDO O QUE ELE
VOS DISSER". (João 2:5).
Contestação:
Essa passagem bíblica é muitíssimo citada pelos que prestam culto a Maria.
Sinceramente, não vejo aí nenhum motivo para justificar tal culto. Se a
declaração fosse de Jesus, ordenando que os serviçais teriam que obedecer em
tudo à sua mãe, ainda poderíamos parar para meditar. Mas não foi assim. Maria,
vendo que Jesus estava disposto a operar o milagre da transformação da água em
vinho, recomendou aos empregados que seguissem à risca as instruções do Mestre.
Só isso. Nada mais do que isso. A história morre aí. Aliás, se admitida a
hipótese de que Maria estava falando às gerações futuras, devemos nos lembrar o
que Jesus falou: "Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás"
(Mateus 4:10). Logo, por este mandamento, Maria está excluída de qualquer
espécie de adoração. Portanto, atendendo a Maria, façamos o que Jesus nos
ordena.
O que aconteceu nas bodas de Canaã deve servir, também para a seguinte
reflexão: Maria, ao transferir o problema para Jesus, mostrou-se incapacitada
de resolvê-lo. A "Mãe de Deus" não teria poderes para transformar
água em vinho? Naquela época ela ainda não era mãe de Deus? Só passou a sê-lo
após sua morte? É evidente que Maria não operava milagres em vida, nem os opera
depois de sua morte.
3)
MARIA É A NOSSA MÃE
ESPIRITUAL, PORQUE JESUS A ENTREGOU AOS CUIDADOS DE UM DISCÍPULO, E NÓS SOMOS
DISCÍPULOS DE JESUS.
Contestação: Jesus, já prestes a falecer, disse à sua mãe: "Mulher, eis aí
o teu filho". E disse ao discípulo a quem ele amava: "Eis aí tua
mãe". "E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa".
Em resumo, Jesus entregou sua mãe aos cuidados do querido discípulo, certamente
João. Jesus deu exemplo de amor filial, lembrando-se de sua mãe num momento de
grande agonia. Então, a intenção de Jesus não foi constituir a Santa Maria mãe
espiritual da humanidade. Desejou apenas que ela não ficasse desamparada na sua
velhice (João 19:26-27).
4) MARIA É MÃE DE DEUS PORQUE JESUS É DEUS E ELA É MÃE DE JESUS.
Contestação: Se válido o raciocínio acima, poderíamos afirmar que Deus é filho
de criação ou filho adotivo de José. Ou José seria padrasto de Deus? Como já
dissemos, a Santa Maria foi um instrumento usado por Deus, no Seu plano de
salvação da humanidade, para que o Verbo se fizesse carne.
5)
MARIA, NA QUALIDADE DE MÃE DE JESUS, É CO-REDENTORA.
Contestação: A palavra de Deus não ascende Maria à posição de igualdade com o
Filho. Seria afirmar que Maria é Deus. Aliás é esta a intenção dos romanos, ou
seja, colocar a humilde serva do Senhor como uma quarta pessoa da Trindade. Daí
os seus títulos de Mãe de Deus, Advogada, Medianeira, Adjutora, Senhora,
co-Redentora, Protetora, Rainha dos Céus, Mãe de todos, Intercessora, Sempre
Virgem, Imaculada, Concebida sem pecado, e outros. Só que não há respaldo
bíblico para tais títulos. Ora, o Redentor é Jesus, e como Redentor e Messias
Ele foi esperado: "E VIRÁ UM REDENTOR A SIÃO E AOS QUE SE DESVIAREM DA
TRANSGRESSÃO EM JACÓ, DIZ O SENHOR" (Isaías 59:20). Não se lê que,
paralelamente, viria uma redentora, ou um ajudante do Redentor, ou uma
co-Redentora.
vejamos mais. Em Lucas 4:18, Jesus declara que "O Espírito do Senhor está
sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os
quebrantados do coração; a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos
cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do
Senhor". Cumpriu-se aqui a profecia de Isaías 61:1-2. A Bíblia não afirma
que Maria fora ungida para idêntica missão. Veja-se 2 Reis 13:5: "O Senhor
deu um salvador a Israel..." A Santa Maria não poderia ela própria ser uma
salvadora (ou redentora), e ao mesmo tempo precisar ser salva, precisar do
Salvador.
Mais uma vez, leiam: "Disse, então, Maria: A minha alma
engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, MEU SALVADOR, porque
atentou na humildade de sua SERVA..." (Lucas 1:46-48). Logo, Maria não
pode ser redentora ou salvadora porque ela própria precisou do Salvador ou do
Redentor. Já o nosso Salvador Jesus Cristo nunca se dirigiu ao Pai
declarando-se necessitado de salvação.
Quando Maria fez esta oração, com
convicção e plena segurança no que estava dizendo, ela igualou-se a todos,
homens e mulheres, herdeiros da natureza pecaminosa do primeiro casal. Ela
nivelou-se a todos os mortais. E não poderia ser de outra forma. Eu considero
um grave pecado elegermos Maria à qualidade de redentora, ou de redentora junto
a Jesus, ou ajudante de Jesus no trabalho de salvação, ou coisa parecida. A
Trindade é soberana, auto-suficiente, onipresente, onisciente, onipotente,
imutável, eterna. Não precisa, portanto, do auxílio dos santos falecidos para
execução do seu plano de salvação da humanidade.
CONCLUSÃO:
A Igreja do Senhor Jesus, que
recebeu de Jesus poder e autoridade para, em Seu nome, expulsar demônios e
curar enfermos, e recomendação para pregar o Evangelho em todo o mundo, esta
sim, pode e deve dar continuidade, NA TERRA, ao trabalho do Salvador. Estamos
falando de Igreja viva, atuante, visível. Jesus outorgou poderes a essa Igreja
visível. Não deu poderes aos mortos, ainda que em vida tenham sido santos
(Marcos 16:15-18). Quem pagou preço de sangue foi Jesus, não foi Maria!
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