O Pecado foi julgado por Cristo e através deste julgamento, ele no reconciliou com Deus, Deus nunca deixa um pecado sem juizo.
Os seus pecados foram
julgados.
- Ocasião: ano 30 d.C.
- Local: a cruz.
- Resultado: morte para Cristo; justificação para o crente.
"E, levando ele às
costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Caveira, que em hebraico se chama
Gólgota, onde o crucificaram" (Jo 19.17,18).
"Levando ele mesmo
em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro" (1 Pe 2.4).
"Porque também
Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a
Deus" (1 Pe 3.18).
"Cristo nos
resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito:
Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro" (G1 3.13).
"Aquele [Cristo]
que não conheceu pecado, [Deus] o fez pecado por nós; para que nele fôssemos
feitos justiça de Deus" (2 Co 5.21).
"Mas agora na
consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo
sacrifício de si mesmo" (Hb 9.26).
"Havendo feito por
si mesmo a purificação dos nossos pecados" (Hb 1.3).
"Portanto, agora
nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo
a carne, mas segundo o Espírito" (Rm 8.1).
O JULGAMENTO DO PECADO NA VIDA DO CRENTE
Mesmo hoje o pecado na vida daqueles que foram feitos filhos de Deus por causa da justiça de Deus manifestada em Cristo Jesus, continua sendo feito na vida daqueles que são chamados por seus Nome, os Crentes.
- Ocasião: qualquer momento. Local: qualquer lugar (onde houver arrependimento e um coração misericordioso pronto a perdoar o seu próximo).
- Resultado: disciplina por parte do Senhor, se não julgarmos a nós mesmos.
"Porque, se nos
julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando julgados, somos
disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo" (1 Co
11.31, 32).
"Se suportais a
correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não
corrija?" (Hb 12.7).
(Veja
também 1 Pe 4.17; 1 Co 5.5; 2 Sm 7.14, 15; 2 Sm 12.13, 14; 1 Tm 1.20).
O JULGAMENTO FUTURO DO CRENTE
O procedimento ou obras dos crentes serão um dia julgado para que cada um de nós receba do Senhor o louvor, ou não.
- Ocasião: quando Cristo vier.
- Local: "nos ares".
- Resultado para o crente: "galardão" ou "dano". "Mas o tal será salvo".
É
este um solene pensamento - que, embora Cristo tenha levado em seu próprio
corpo os nossos pecados sobre o madeiro e Deus tenha realizado uma aliança
conosco de modo a 'jamais se lembrar deles' (Hb 10.17), é necessário que toda
obra venha a juízo. A vida, as obras do crente precisam ser examinadas pelo
Senhor.
"Pois que muito
desejamos também ser-lhe [ao Senhor] agradáveis, quer presentes, quer ausentes.
Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um
receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal" (2 Co
5.9,10).
"Mas tu, por que
julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos
havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo" (Rm 14.10).
Pode-se
observar que essas duas passagens são limitadas, pelo contexto, aos crentes. Na
primeira, o apóstolo refere-se a nós como pertencentes a um de dois estados: "... ou
estamos em nossa morada, no corpo, e ausentes do Senhor; ou estamos ausentes do
corpo, na presença do Senhor". Essa linguagem não poderia ser empregada em
relação a não crentes. "Pois que muito desejamos também" ser
agradáveis ao Senhor, pois "todos devemos comparecer" perante ele (2
Co 5.8,9).
Na
outra passagem, os termos "irmão" e "nós" novamente delimitam a abrangência aos crentes. O Espírito Santo nunca unge
salvos e não salvos. Então, receando parecer inacreditável que um santo lavado
pelo sangue pudesse ser submetido a qualquer espécie de julgamento, ele cita
Isaías a fim de provar que "todo o joelho se dobrará", e acrescenta:
"De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus".
O
seguinte trecho dá a base para o julgamento das obras:
"Porque ninguém
pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E,
se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras
preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o
dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a
obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse
receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o
tal será salvo, todavia como pelo fogo" (1 Co 3.11-15).
As
passagens a seguir estabelecem a ocasião em que se dará tal julgamento:
"Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e
então dará a cada um segundo as suas obras" (Mt 16.27).
"E serás
bem-aventurado; porque eles não têm com que to recompensar; mas recompensado te
será na ressurreição dos justos" (Lc 14.14). (Veja 1 Co 15.22,23.)
"Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual
também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos
corações; e então cada um receberá de Deus o louvor" (1 Co 4.5).
Mas
quão reconfortante é, em vista desse inevitável escrutínio de nossas pobres
obras, saber que, em seu paciente amor, Deus está assim nos conduzindo e em nós
trabalhando, no presente, para que possa, no futuro, encontrar nisso tudo algo
pelo que venhamos a receber sua aprovação.
" E, eis que cedo
venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua
obra" (Ap 22.12).
"Desde agora, a
coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele
dia" (2 Tm 4.8).
Quanto ao local desse
julgamento, veja 1 Tessalonicenses 4.17 e Mateus 25.24-30.
Conclusão:
A
expressão "o grande julgamento", de ocorrência tão freqüente na
literatura religiosa, não é encontrada nas Escrituras e, o que é ainda mais
importante, tampouco a idéia que se pretende comunicar com ela.
Bem
afirma Dr. Pentecost: "Foi uma tendência maliciosa que levou a cristandade
a falar em julgamento como um grande evento único que se dá no fim do mundo,
uma ocasião em que todos os seres humanos - santos, pecadores, judeus e
gentios, os vivos e os mortos - ficarão em pé diante do grande trono branco e
ali serão julgados. Nada pode estar mais distante do ensino das
Escrituras".
MANEJANDO BEM A
PALAVRA DA VERDADE
C.I. Scofield
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