A
Palavra da verdade ensina, nos termos mais claros e categóricos, que todos os
mortos ressuscitarão. Nenhuma doutrina da fé repousa sobre a autoridade das
Escrituras de modo mais literal e enfático nem é mais vital para o cristianismo
do que esta: "E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não
ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também
é vã a vossa fé" (I Co 15.13,14).
Mas
é importante observar que as Escrituras não ensinam que todos os mortos
ressuscitarão de uma vez.
Duas
ressurreições, diferindo em relação ao tempo e a quem são os sujeitos da
ressurreição, ainda estão por acontecer. Elas se distinguem como "a
ressurreição da vida" e "a ressurreição da condenação", "a
ressurreição dos justos e injustos" ,entre outras citações. As Escrituras
a seguir se referem a esse importante tema.
"Não
vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos
sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição
da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação". (Jo
5.28, 29) Se alguém alegar que a palavra "hora" indicaria uma
ressurreição simultânea dessas duas categorias, responder-se-á que a "hora"
do verso 25 já dura mil e oitocentos anos. (Veja também "dia" em II
Pe 3.8; II Co 6.2; Jo 8.56)
"Mas,
quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos, E serás
bem-aventurado; porque eles não têm com que to recompensar; mas recompensado te
será na ressurreição dos justos." (Lc 14.13,14) Nessa passagem, nosso
Senhor fala apenas da primeira ressurreição. Em I Coríntios 15, a distinção
fica mais evidente: "Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também
todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as
primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda." (I Co 15.22,23)
"Não
quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que
não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos
que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os
tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que
nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.
Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a
trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro." (I
Ts 4.13-16)
Se
o apóstolo tinha em mente uma ressurreição de todos os mortos, como ele poderia
falar de alcançá-lo "por qualquer meio", já que não se poderia
escapar disso?
Em
Apocalipse 20.4-6, as duas
ressurreições são novamente mencionadas juntas, com a informação adicional
importante sobre o tempo que se interpõe entre a ressurreição dos salvos da dos
que não se salvarem:
"E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes
dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo
testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a
sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e
viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não
reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição.
Bem- aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre
estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo,
e reinarão com ele mil anos."
Os versículos 12 e 13
descrevem a segunda ressurreição - que é a "da condenação". O
testemunho das Escrituras, então, é claro: os corpos dos crentes são
levantados, dentre as massas de incrédulos, e arrebatados para encontrar o
Senhor nos ares, mil anos antes da ressurreição dos ímpios. Deve-se defender
firmemente que a doutrina da ressurreição refere-se apenas aos corpos dos
mortos. Seus espíritos são instantaneamente levados à felicidade ou aflição.
(Fp 1.23; II Co 5.8; Lc
16.22,23)
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