Uma coroa de espinhos guardada num tubo feito de vidro e ouro e que alegadamente teria sido posta em Jesus durante sua crucificação se tornou objeto de reverência na Catedral de Notre Dame, em Paris, França. O local onde a suposta coroa da crucificação de Jesus Cristo é mantida é uma capela construída em 1241 e modificada ao longo dos anos. Para os católicos franceses, o templo é um santuário erguido para abrigar as relíquias que teriam pertencido a Jesus Cristo
Quando o assunto é morte de Jesus, muitas são as teorias e as teses e, apesar disso, poucas trazem esclarecimentos determinantes sobre a verdadeira causa da morte do Mestre da Humanidade. Até mesmo os espinhos utilizados na coroa são motivos de controvérsias entre os estudiosos
A Coroa de Espinhos foi um instrumento de tortura utilizado pelos romanos durante a Crucifixão de Jesus. Segundo a Bíblia, esse instrumento foi tecido de galhos e espinhos secos e colocados na testa de Jesus instantes antes da sua crucificação. A Coroa de Espinhos é mencionada no Evangelho segundo Mateus(27:29), de Marcos(15:17) e de João(19:2-5)
O Material Utilizados Para alguns botânicos, os espinhos usados para trançar a coroa de Jesus eram da planta conhecida como Espinheiro-de-Cristo Sírio - Rhamnus spinachristi. Outros, no entanto, defendem outras versões: Espinhos da Acácia (os judeus e os egípcios acreditam que essa planta simboliza a imortalidade), Gundelia, Mojave, Espinheiro-da-Virgínia.
Admite-se geralmente, que os espinhos pertenciam a um arbusto espinhento, de espinhos longos, duros e agudos, muito comum na Judéia, é provável que existisse muitos desses
garranchos naquele período, e também no pretório, pois eles eram colocados ali para alimentar a fogueira que os soldados acendiam a noite para poderem enfrentar o frio.
O Formato da Coroa: Ao longo dos séculos os artistas tem envolvido a cabeça de Jesus com uma coroa de espinho circular entrelaçada. Porém alguns altores antigos informam que a coroa de espinho que colocaram sobre a cabeça de Jesus era na verdade uma espécie de "pileus" (carapuça, gorro), que cobria e tocava toda a região da parte de cima da cabeça em todos os lados, e não uma tiara. O pileus era entre os romanos uma espécie de gorro semi-oval de feltro e envolvia a cabeça e servia para o trabalho.
Frederick Zugibe, médico-legista, autor do livro A Crucificação de Jesus, afirma que os espinhos eram duros, rentes e afiados e podem ter sido trançados em forma de boné, pois esta forma de trançar teria permitido que uma quantidade maior de espinhos perfurasse o topo da cabeça, a fronte, a parte traseira e as laterais.
Marcos, assim descreve o momento da coroação: “Vestiram-no de púrpura e puseram-lhe na cabeça uma coroa de espinhos que haviam tecido”. Como consequência da perfuração dos espinhos na cabeça e, devido à grande quantidade de vasos sanguíneos no couro cabeludo, o sangue jorrava livremente pela face. Mateus relata que, após a coroação de Jesus com a coroa de espinhos, os soldados batiam-lhe com a cana sobre a cabeça. “E, cuspindo nele, tiraram-lhe a cana e batiam-lhe com ela na cabeça”.
Isto vem a confirmar o que claramente informa Mateus e João: que a coroa era uma espécie de gorro formada de espinho entrelaçados, e não uma forma de anel.
Por que o nome de Coroa de Espinhos: este nome e dado não pelo formato, mas pelo significado, para os soldados que ali estavam, "um rei precisa de uma coroa", e como eles zombavam de Jesus, eles queriam mesmo que O Senhor tivesse sobre a cabeça algo horroroso tanto no material como no formato, o que colocaram sobre a cabeça de Jesus era
algo muito, mas muito feio mesmo.
Conclusão:
O espinhos usado nesta espécie de gorro que denominaram coroa possuía espinhos longos e muito agudos. O couro cabeludo é uma região do nosso corpo que sangra com muita facilidade e em grande quantidade, como essa espécie de toca foi colocada na cabeça de Jesus a pauladas, os ferimentos devem ter feito correr bastante sangue, ferindo bastante o cranio em toda a sua superfície até a testa na altura do pau-do-nariz.
Os golpes desferidos na cabeça ou na coroa de espinhos de Jesus irritavam os nervos e ativaram zonas nos lábios, do lado do nariz, ou no rosto, causando dores terríveis, similar a uma queimadura ou choque elétrico.
Essa dor, segundo ele, podia ser interrompida abruptamente, mas era reiniciada com o menor movimento. Jesus já estava muito debilitado: s¬uou sangue no Jardim do Getsêmani, foi espancado brutalmente na casa de Caifás e na sala da prisão e perdia sangue com a coroa de espinhos. A essa altura, acredita o médico, Jesus estava fraco, zonzo, pálido, com falta de ar, surtos intermitentes de transpiração; mal se sustentando em pé. Apesar de todo esse castigo, Jesus ainda enfrentaria o pior de todos eles: A crucificação. Coube a Pilatos a decretação e a pronúncia da sentença final irrevogável: tu deves ir para a cruz (íbis ad crucem).