Joyce Meyer ficou muito popular através dos vários
livros que escreveu e por suas pregações sobre Teologia da Fé/Prosperidade, a
qual como a maioria dos seus mestres, tem transformado o sangue de Cristo em um
líquido viscoso e dourado e este, por sua vez, é cunhado em barras de ouro para
enriquecer os pregadores e embalar em sonhos dourados os que acreditam nessa
teologia.
Infelizmente, nem tudo que reluz é ouro... Conforme o provérbio popular, e os
ensinos de Joyce Meyer contêm algumas heresias embutidas e disso vamos dar
alguns exemplos, antes de delinear a vida faustosa que essa “mulher de Deus”
tem usufruído graças aos ensinos que agradam os ouvintes e lhe rendem altos
dividendos.
Joyce Meyer, como Copeland e Haggin, não crê que Jesus tenha efetuado na cruz a
completa reparação dos nossos pecados, conforme a Bíblia ensina. Ela acredita e
ensina que Jesus precisou ir ao inferno e ser ali atormentado durante três
dias, a fim de completar a reparação dos pecados da humanidade:
“Durante o tempo em que Ele permaneceu no inferno, o lugar para onde você
e eu deveríamos ir, por causa dos nossos pecados... Ele ali pagou o preço...
Nenhum plano seria extremo demais... Jesus pagou na cruz e no inferno... Deus
levantou do Seu trono e disse aos poderes demoníacos que atormentavam o Seu
Filho impecável: ‘Deixem-no ir’. Foi então que o poder da ressurreição do Deus
Todo Poderoso entrou no inferno e encheu Jesus... E ressuscitou dos mortos o
primeiro homem nascido de novo.” (“The Most Important Decision You Will Ever
Make: A Complete And Thorough Understanding of What It Means To Be Born Again”,
1991, páginas 35-36 do original de Joyce Meyer).
Joyce continua: “Não existe esperança alguma para ir ao céu,
a não ser que se acredite de todo o coração nesta verdade... Que Jesus tomou o
nosso lugar. Ele se tornou o nosso substituto e sofreu todo o castigo por nós
merecido. Ele carregou todos os nossos pecados. Ele pagou o débito... Jesus foi
ao inferno em nosso lugar. Ele morreu por nós” (p. 45 do mesmo
livro)
Joyce Meyer declara ostensivamente que não existe esperança alguma para se
chegar ao céu, a não ser que se acredite nesta “verdade” que ela está
ensinando, ou seja, que Jesus desceu ao inferno, sofreu nas mãos dos demônios e
ali nasceu de novo. Isso é pura heresia. Mas vejamos outra heresia contida em
sua obra. Joyce se considera impecável, conforme podemos escutar em sua fita de
áudio intitulada: “What Happened from the Cross to the Throne?"
"... Eu não deixei de pecar, até que finalmente entrou em minha cabeça
dura que eu já não sou uma pecadora... Ora, a Bíblia diz que sou justa e não
posso ser justa e pecadora ao mesmo tempo. Tudo que me ensinaram a dizer foi:
‘Sou uma pobre e miserável pecadora’. Ora, eu não sou pobre, nem miserável
pecadora. Isso é uma mentira das profundezas do inferno. Isso é o que eu era,
antes de nascer de novo, e se continuo sendo isso, então Jesus morreu em vão”.
Contudo, a Bíblia ensina na 1 João 1:8: “Se dissermos que não temos pecado,
enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós”. Quem está mentindo: O
Apóstolo João ou Joyce Meyer?
Como todo pregador de heresias, Joyce admite que recebe parte dos seus ensinos
dos próprios anjos. Para ela e outros visionários a Palavra de Deus não é
suficiente...
“Ora, os espíritos não têm corpos e, portanto, não podemos vê-los. Mas eu
creio que existem vários anjos aqui, esta manhã, pregando para mim. Creio
exatamente que, antes de fazer qualquer declaração, eles se inclinam para mim e
me dizem ao ouvido o que eu devo transmitir a vocês” (“Witchcraft
and Related Spirits - Fita de Áudio, Parte 1, 2A-27).
Como todo pregador de teologia ao gosto do ouvinte, Joyce Meyer tem uma legião
de seguidores e na entrevista abaixo veremos a quanto chegam o seu prestígio e
sua fortuna. Eis uma reportagem completa feita pelos repórteres americanos
Carolyn Tuft (ctuft@post-dispatch.com) e Bill Smith (billsmith@pot-dispatch.com) sobre a vida e riqueza dessa importante figura dos meios carismáticos,
a qual, aos 60 anos de idade, ostenta uma fortuna milionária como somente os
pregadores da fé/prosperidade conseguem acumular. Têm a palavra os dois
repórteres supracitados.
Joyce Meyer garante que tudo que ela possui veio diretamente dEle. Uma empresa
internacional com capital de US$10 milhões; um Sedan Mercedes Benz cinza prata
de US$107 mil (do seu marido); uma casa residencial de U$2 milhões e outras
casas, (dos pais e dos 4 filhos) cada uma avaliada no mesmo preço, tudo isso,
segundo ela diz, constitui-se em bênçãos vindas diretamente das mãos de Deus.
[N.T - Ou como está claro, dos bolsos dos iludidos pelo desejo de enriquecer
facilmente, seguindo a sua teologia]. Ela diz que tem sido uma carreira
admirável, nada sem um milagre acoplado e sem um contador que dirige um dos
maiores ministérios televisivos do mundo. Seu ministério espera arrecadar este
ano nada menos de US$95 milhões.
“Olhem ao redor”, ela disse aos repórteres no mês passado, sentada atrás de sua
escrivaninha, no 3º. andar do edifício de escritórios do seu ministério, no
Condado de Jefferson. “Aqui estou eu, uma ex-dona de casa de Fenton, com uma
educação do segundo grau... Como poderia alguém olhar para isso e ver outra
coisa que não fosse de Deus?”
Em muitos aspectos, Joyce Meyer é uma Cinderela americana.
Descrevendo-se como tendo sido sexualmente abusada, negligenciada e abandonada
quando era uma jovem esposa [no primeiro casamento], Meyer se transformou numa
das mais famosas e bem remuneradas pregadoras da nação americana. Ela obteve
sua “prosperidade” por meio da “fé”, que prega a milhões de pessoas. “Se
você permanecer firme em sua fé, vai receber o pagamento... Eu agora estou
vivendo na retribuição”, disse Meyer a uma audiência em Detroit...
Aos 60 aos de idade, Meyer é uma avó, dirige o ministério junto com o marido
Dave e os quatro filhos, com as respectivas esposas. Todos da família,
inclusive as noras, recebem salários do ministério.
Mas, a maneira pela qual Meyer gasta o dinheiro do ministério com ela e a
família pode estar violando uma lei federal, dizem os peritos em leis sobre
impostos e taxas. Essas leis condenam os líderes dos grupos religiosos e outros
grupos beneficentes que usam o dinheiro arrecadado para benefício próprio,
aproveitando a isenção de impostos.
Wal Watchers, um dos grupos observadores, entre os que monitoram as finanças
dos grandes grupos cristãos, foi convidado pelo International Revenue Service
(IRS) para investigar Meyer e mais seis pregadores da TV, a fim de verificar se
o seu status de isentos de impostos deve ser revogado.
Meyer e o seu advogado afirmam que ela está cumprindo escrupulosamente as leis
federais. Conforme a revista Christian Life, Meyer é a mulher mais popular da
América. No ano passado, ela foi a preletora principal da Christian Coalition’s
Road Victory, um ajuntamento de alguns dos mais influentes líderes da política
conservadora. Hoje em dia, os seus shows na TV, suas conferências regionais e
arrecadação de fundos através do seu website, rendem em média U$8 milhões
mensais. Desse total, o ministério afirma que despende cerca de 10%, ou uma
média de US$880 mil mensais, com obras de caridade através do globo.
A estrela de Meyer tem brilhado tanto que até ela mesma fica admirada. “Dave e
eu nos sentimos quase como: será que esses aí somos nós mesmos? Sentimo-nos
como sendo as pessoas mais abençoadas e honradas da terra!”.
Cada nação, cada cidade - O ministério de Meyer se estende por todo o globo. De uma área de shows
radiofônicos, em 1983, distante cinco minutos de St. Louis, ele se expandiu por
transmissão via satélite e pela Internet. Nos EUA, o show de TV “Life in the
Word” chega ao ar a 43 estados, através de canais locais, desde Pembina, N.D.,
e Crowley, LA, até Boston, Detroit, Los Angeles e St. Louis.
Meyer se tornou o modelo da dona de casa nas áreas do Canadá, México, América
do Sul, Europa, África, Austrália - uns 70 países ao todo, conforme está
escrito na revista do seu ministério. Ela diz que o ministério recebe 15 mil
cartas por mês, somente da Índia. Em setembro, a tradução do seu programa na
língua árabe já começou com seis transmissões diárias na rede de TV Life
Channel, no Oriente Médio. Meyer espera usar a rede de TV para levar a mensagem
do Cristianismo a 31 nações islâmicas.
“Vocês precisam colocar em mente que pessoa alguma jamais conseguiu fazer
isso... quando uma mulher do Ocidente se apresenta em trajes ocidentais
pregando o evangelho de Jesus na língua árabe pode ser bem interessante!”,
disse Meyer. Ela e seu marido afirmam que o ministério tem o potencial para
atingir 2,5 milhões de pessoas em cada dia da semana.
Apesar de tanto sucesso no ministério o casal afirma que ainda tem muito
trabalho para fazer. “Cada vez que nos sentimos como se tivéssemos chegado ao
ápice, Deus nos abre mais portas”, diz Meyer.
O recente slogan do casal, impresso em um poster colocado no quartel general do
ministério e nas flâmulas de suas conferências, estabelece um objetivo
ambicioso para o futuro: “cada nação, cada cidade”.
Seguidores fiéis e críticos ferozes
A pregação convincente e às vezes humilde de Meyer tem angariado uma legião de
seguidores, principalmente mulheres, que nela vêem tanto uma ministra como uma
amiga confiável. “Ela é tão prática... Ela faz com que tenhamos a impressão de
que ela é nossa irmã, que se relaciona e nos compreende sem condenação e sem
julgamento”, disse a motorista de ônibus, Eva McLemore, de 43 anos, em uma das
conferências de Meyer em Atlanta. [N.T. - Aqui está o segredo do sucesso de
todo pregador que prega somente o amor de Deus, sem jamais fazer qualquer
advertência contra o pecado, ressaltando a necessidade de arrependimento].
O estilo de Meyer tem angariado a crítica dos que a consideram uma
propagandista do carnaval do “fique-rico-depressa”, o qual tem como único foco:
conseguir o máximo de dinheiro do maior número de pessoas no menor espaço de
tempo.
Ole Anthony, líder da Trinity Foundation, uma instituição religiosa de
observação, situada em Dallas, diz: “Ela pertence ao gênero típico dos
tele-evangelistas que enriquecem à custa das pessoas pobres a quem supõem estar
ministrando”.
Além de ser uma pregadora carismática, Meyer é autora de 50 livros sobre uma
variedade de tópicos, desde livros de auto-ajuda, sobre dietas e casamento até
os mais profundos temas filosóficos. Dois dos seus livros mais recentes -
“Knowing God Intimately” (Conhecendo Deus Intimamente) e “How to Hear From God”
(Como Escutar Deus) - tratam da edificação de um relacionamento com Deus,
embasado na fé. Ela também vende fitas de áudio e vídeo, em quantidade bastante
para preencher várias páginas do catálogo do seu ministério.
Meyer não se desculpa por oferecer os seus livros e fitas e nem por solicitar,
incansavelmente, em seu website, nos shows da TV e em suas conferências, ajuda
para o seu ministério, explicando: “Eles não me dão a TV de graça... O
evangelho é grátis, mas os seus meios de divulgação custam caro!”
Uma inclinação pelas coisas bonitas
Meyer gosta de coisas bonitas e de gastar com as mesmas. Desde um relógio
francês de US$11 mil, no quartel general em Fenton, até um barco Crownline de
US$105 mil, ancorado em sua mansão de férias no Lago Ozarks. Está claro que o
seu gosto tende mais a Perrier [água mineral parisiense de luxo] que para água
da bica. “Você pode ser um rico homem de negócios aqui em St. Louis e todo
mundo vai achar isso maravilhoso, mas quando você é um pregador, isso logo se
transforma em problema... Mas a Bíblia diz: “Daí e dar-se-vos-á”, Meyer disse.
O quartel general do ministério é uma jóia de três andares construída em
tijolos vermelhos, com um esmeraldino gramado na parte externa, assemelhando-se
a um luxuoso hotel resort. Construído há três anos, ao custo de US$20 milhões,
o edifício e os jardins são um perfeito cartão postal, com canteiros de flores
feitos à mão e belas alamedas para se alcançar uma cruz iluminada. A entrada para
o complexo de escritórios é ladeada por bandeiras das nações já alcançadas pelo
ministério. Uma grande escultura representando a Terra está no alto do
edifício, com uma Bíblia aberta, perto do estacionamento. Do lato externo da
entrada principal, vê-se a escultura de uma águia pousada no galho de uma
árvore, próxima a uma queda d’água artificial. Uma mensagem em letras douradas
saúda os empregados e os visitantes, na via de entrada:
“Vejam o que o Senhor tem feito!”
Umas 510 pessoas trabalham ali. O escritório do ministério é igual a qualquer
outro escritório comercial, onde os funcionários abrem a correspondência; os
contadores contam o dinheiro; os editores empilham fitas de vídeo a serem
enviadas para os clientes. O único sinal de igreja ali dentro é uma capela, a
qual permite exclusivamente aos empregados o acesso à adoração. O edifício é
decorado com pinturas e esculturas religiosas e móveis de alta qualidade.
Muitos desses, diz Meyer, foram escolhidos por ela mesma.
Uma lista de acesso ao Condado de Jefferson oferece um lampejo de muitos desses
itens: um par de vasos de Dresden (US$19 mil); seis vasos de cristal da França
comprados por US$18.500; uma porcelana de Dresden pintada com a Natividade
(US$8 mil); dois gabinetes originais (US$5.800); uma porcelana com a crucifixão
(US$5.700); um par de vasos alemães comprados por US$5.200. [Somente aqui temos
mais de US$60 mil em peças delicadas].
A decoração dos escritórios inclui uma mesa redonda em malacacheta, de US$30
mil; uma cômoda antiga com tampo de mármore de Carrara (US$23.000); uma estante
de escritório de US$14.000; uma porcelana de Dresden mostrando a Via Sacra
(US$7 mil); a escultura de uma águia sobre um pedestal (US$6.300), uma águia de
prata comprada por US$5.000 e inúmeras pinturas adquiridas ao preço de US$1mil
e US$4 mil cada uma.
No interior do escritório de Meyer, está uma mesa de conferência com 18
cadeiras, comprada por US$49.000. As obras de madeira em seu escritório e no do
seu marido custaram US$44 mil. O registro total da propriedade pessoal do
ministério apresenta uns US$5,700 milhões em móveis, obras de arte, porcelanas,
cristais e um equipamento de última geração em maquinaria que enche os 158.000
metros quadrados do edifício. [N.T. - Neste complexo de tanta prosperidade caberiam
nada menos de 3.160 apês iguais ao da tradutora, a qual, até o momento, só
conseguiu prosperar na GRAÇA!].
Até este verão, o ministério também possuía uma frota de veículos no valor
médio de US$440 mil. O assessor do Condado de Jefferson tem-se empenhado para
que o complexo e o seu conteúdo entrem no rol dos impostos, mas até agora nada
conseguiu.
Carros esporte e aviões de alto estilo
Meyer dirige um carro esporte conversível Lexus SC, modelo 2002, avaliado em
US$53 mil; seu filho Don, de 25 anos, dirige um Sedan Lexus 2001, do
ministério, avaliado em US$46 mil. O marido de Meyer dirige um Sedan Mercedes
Benz S 55 AMG e Meyer diz: “Meu marido gosta muito de carros”. Os Meyers
mantêm, no Aeroporto de Chesterfield, um jato Canadair CL-600 Challeger, do
ministério, o qual, segundo Meyer, vale US$10 milhões. O ministério emprega
dois pilotos em tempo integral, para levarem os Meyers às conferências ao redor
do mundo. Meyer chama esse avião de “o salva vidas” dela e da família: “Ele nos
capacita em nossa idade a viajar literalmente pelo mundo inteiro, a fim de
pregar o evangelho... e com muito maior segurança do que os vôos comerciais”.
A segurança é muito importante para Meyer, a qual declara que já recebeu
ameaças de morte. Ela tem uma divisão do ministério dedicada à segurança. Seus
oficiais usam pistolas; eles guardam o portão de entrada do quartel general,
mantendo lá fora quaisquer pessoas que não sejam empregados ou visitantes
convidados. O ministério comprou uma casa de US$145 mil, onde reside o chefe da
segurança, sem pagar aluguel, a fim de que ele fique próximo ao quartel general
do ministério.
O composto familiar
O ministério também comprou casas para os empregados principais. Desde 1999, o
ministério tem gasto pelo menos US$4 milhões em cinco casas para Meyer e seus
filhos, perto da Interstate 270 e da Gravois Road, no Condado de St. Louis,
conforme registrado no Condado. A casa de Meyer, a maior das cinco residências,
tem 10.000 metros quadrados em estilo Cape Cod, com um anexo para convidados e
uma garagem com capacidade para oito veículos, a qual pode ser
independentemente aquecida ou resfriada. A propriedade de três acres tem uma
grande fonte e um lavabo alto, com vista panorâmica, uma piscina e uma casa
anexa, onde o ministério construiu recentemente uma sauna de banho de US$10
mil.
O ministério assume as despesas do uso, manutenção e vista panorâmica das cinco
casas. Ele também paga as reformas. Os Meyers autorizaram a principal obra de
reforma à custa do ministério, logo depois que o ministério comprou 3 das cinco
casas.
Por exemplo, o ministério comprou uma casa, nivelou o terreno e em seguida
construiu uma nova casa no sítio, para a filha do casal Meyer - Sandra - e seu
marido, conforme registros no Condado.
Até mesmo os impostos da propriedade - US$15,629 anuais - são pagos pelo
ministério. Meyer diz que este é um “bom investimento” para o ministério e que
ele mantém o custo da posse e manutenção porque a família é ocupada demais para
cuidar dessas tarefas.
“É duro demais ocupar-se com alguma coisa quando se viaja tanto como nós
viajamos” , diz Meyer. Ela disse que as leis federais permitem que os
ministérios comprem habitações para os seus empregados, de modo que esse
arranjo não viola qualquer proibição aos benefícios pessoais. Ela disse ainda
que a decisão de manter a família reunida foi a maneira de construir uma
barreira de proteção, a fim de assegurar a todos maior privacidade e segurança.
“Colocamos boas pessoas ao nosso redor... Obviamente se eu tentasse esconder
alguma coisa ou pensasse em fazer algo errado, não residiria na esquina da
Gravois e na 270...”
Seguro Irrevogável
Meyer diz que espera o melhor de onde ela mora e, como é muito observada, o seu
vestuário é talhado em alta escala na loja de roupas do West County. Em suas
conferências, ela sempre usa jóias com muito brilho, inclusive um enorme anel
de diamante que afirma ter recebido de presente de um dos seus seguidores. Ela
tem um cabeleireiro particular e, há alguns anos, contou a alguns empregados
que iria fazer um “lift” facial. Nem tudo é pago pelo ministério.
No ano passado, os Meyers compraram um rancho por US$500 mil, em frente a um
lago, em Porto Cima, no quarteirão de um clube particular de Ozarks. Algumas
semanas depois, eles compraram dois jet-skis idênticos e um barco Crownline de
US$105 mil, pintado de vermelho, branco e azul, o qual foi batizado de
“Patriota”. No ano 2000, os Meyers também compraram para os seus pais uma casa
de US$130 mil, a poucos minutos de onde residem. Os Meyers colocaram o carro
Mercedes, a casa do lago e a residência dos pais num seguro irrevogável, um
arranjo que os peritos dizem que ajuda a protegê-los de quaisquer problemas
financeiros do ministério.
Meyer diz que não precisa defender-se do modo como gasta o dinheiro do
ministério. Ela diz: “Nós ensinamos e cremos biblicamente que Deus deseja
abençoar o povo que O serve; portanto, não há necessidade de nos desculparmos
porque somos abençoados.”
O pessoal de confiança
Para a maioria das pessoas, Meyer pode gastar o dinheiro do ministério da
maneira que lhe aprouver, pois o pessoal da diretoria é escolhido a dedo. Esse
pessoal consiste de Meyer, seu marido e os 4 filhos - todos eles remunerados -
além dos seis amigos mais íntimos do casal (Os oficiais do ministério disseram
que a filha Laura Holtzmann pediu demissão, mas nos registros estaduais o nome
dela ainda consta).
“Nossa família é de ajuda imensa para nós... Jamais poderíamos fazer tudo isso
sem ter alguém em quem pudéssemos confiar”, diz Meyer.
Os membros do staff - Roxane e Paul Schermann - são amigos tão chegados que
durante mais de uma década residiram na casa dos Meyers. O ministério empregou
os dois como gerentes de alto nível e em 2001 comprou para eles uma casa de
US$334 mil. Roxane e Paul Schermann já não trabalham no ministério, embora
Schermann continue como gerente remunerado da divisão. Os Schermanns compraram
a casa do ministério, pelo mesmo preço, em janeiro.
Delanie Trusty, a contadora do ministério, também serve como secretária da
diretoria. A diretoria decide como deve ser gasto o dinheiro do ministério. Os
salários de Meyer e de sua família são estabelecidos pelos membros da
diretoria, que não são membros da família nem empregados do ministério. O
advogado de Meyer diz que os arranjos concordam com os regulamentos do IRS.
“Nós certamente não gostaríamos de ter inimigos nem pessoas desconhecidas na
diretoria, pois isso não faria sentido... Qualquer pessoa deseja ter uma
diretoria a seu favor”, disse Meyer. Os salários de Meyer, do marido, dos
filhos e respectivos cônjuges é um segredo que o ministério recusa-se a
revelar. “Não faço mais do que devo... E estamos definitivamente dentro dos
regulamentos do IRS”, disse Meyer.
...
Os seguidores continuam leais
Os seguidores de Meyer parecem não se preocupar com o que ela gasta consigo
mesma, do dinheiro do ministério. Em entrevistas com alguns desses seguidores,
em sua conferência em Atlanta, em Agosto, todos disseram que Meyer os ajuda espiritualmente
e, portanto, merece a sua riqueza.
William Parton, 32 anos, policial em Atlanta, disse que as pessoas não deveriam
se preocupar com o que Meyer faz com o dinheiro e disse: “Eu acho que os Meyers
estão fazendo o que Deus os chamou para ser feito; eles têm os seus seguidores
e as pessoas gostam de ouvi-los, mesmo que seja apenas para efeito de
entretenimento, exatamente como fazem com os atletas do esporte, e eles merecem
viver conforme os seus meios lhes permitam viver”.
Michael Scott Horton, professor de teologia no Westminster Theological
Seminary, em Escondido, CA, disse que atitudes como a de Parton são exatamente
as de que tele-evangelistas como os Meyers se aproveitam: “Essa pobre gente do
povo deseja acreditar que possui esse tipo de fé... a ponto de arriscar tudo
para comprová-la, conforme o ensino de um suposto homem de Deus que está diante
dela”.
Nenhum dos seus críticos parece perturbar Meyer. Ela garante que o seu sucesso
material é um reflexo do seu compromisso com Deus. Conforme ela mesma coloca,
“a Bíblia inteira realmente tem uma só mensagem: ‘obedeçam-me, fazendo o que eu
ordenar, e então serão abençoados’.” [N..T., Só esta mensagem? E onde ficam as
mensagens da cruz, do arrependimento, e do amor ao próximo? Paulo diz em Gálatas
5:14: “Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu
próximo como a ti mesmo”. Será que um evangelista que prega o espúrio evangelho
da fé/prosperidade ama realmente o próximo... OU simplesmente a sua conta
bancária?]
Fonte: http://www.cpr.org.br